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Chega ao fim simulação de um ano de viagem a Marte

Grupo de cientistas permaneceu isolado em uma região do Havaí com características parecidas com o terreno marciano

Participantes da simulação de uma viagem a Marte, no Havaí.
Participantes da simulação de uma viagem a Marte, no Havaí.HI-SEAS
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Terminou neste domingo no Havaí (EUA) um ano de isolamento para seis cientistas que simularam uma estadia em Marte. Os participantes dessa simulação permaneceram isolados em uma barraca –com dimensão de 11 metros de diâmetro e seis metros de altura– perto do vulcão Mauna Loa. A equipe de trabalho incluiu vários especialistas do âmbito da medicina e da física de diversas nacionalidades.

Para recriar as condições de uma futura viagem ao planeta vermelho, os cientistas dispunham de um sistema de comunicações que funcionava com um atraso de 20 minutos, como o que teriam os colonizadores de Marte. Durante sua experiência, os participantes só puderam acessar o exterior com trajes especiais, assim como precisaram administrar os recursos limitados que tinham à disposição –em um entorno sem vida animal nem vegetal ao redor– e trabalhar para evitar conflitos na convivência.

Imagem aérea registrada pela equipe de simulação no Havaí.
Imagem aérea registrada pela equipe de simulação no Havaí.Andrej Stewart

Essa simulação de uma viagem para outro planeta é a segunda mais longa, depois de um projeto de 520 dias realizado na Rússia. Os responsáveis pela equipe havaiana afirmaram que os participantes estão bem. O programa contou com financiamento da NASA.

A pessoa designada à frente do projeto foi a doutora Kim Binsted, professora da Universidade de Havaí. Vários grupos de pesquisa em escala mundial utilizaram as informações recolhidas durante a simulação para realizar estudos de comportamento. Nesses estudos foram usados métodos de realidade virtual (3D) com a família e os amigos da tripulação para mitigar os efeitos do isolamento, além de análises sobre estresse, entre outros aspectos.

Criações similares foram desenvolvidas na mesma ilha do Pacífico com duração de entre quatro e oito meses. Esse enclave geográfico é ideal, uma vez que o solo que existe ao redor do Mauna Loa é parecido com o que os astronautas encontrariam em Marte. Devido à elevação do terreno, pouco se encontra vida vegetal e os cientistas tiveram que sobreviver sem produtos frescos, como aconteceria em uma viagem ao planeta vermelho. Em janeiro do ano que vem começará uma nova missão simulada de oito meses, com duração aproximadamente até janeiro de 2018.

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