Zika vírus ataca os Jogos
O mosquito transmissor existe em 61 países e territórios, e erradicá-lo do planeta é uma tarefa impossível
As declarações de Pau Gasol sobre os perigos que pode representar para participantes e espectadores a realização no Rio de Janeiro dos Jogos Olímpicos causaram surpresa tanto no campo esportivo quanto no sanitário. O jogador de basquete chamou a atenção para o impacto do Zika vírus, que afeta de maneira muito especial o Brasil, onde nos últimos meses foram detectados 90.000 casos prováveis. A preocupação adquiriu um nível de tal magnitude que Gasol admite estar considerando a possibilidade de não comparecer às Olimpíadas, em agosto.
Os argumentos em favor do adiamento ou da mudança de local da competição foram apresentados por um grupo de mais de 150 cientistas de prestigiosas universidades internacionais, segundo o qual a cepa do zika tem consequências mais graves para a saúde do que se pensava até agora. O vírus, transmitido pela picada de um mosquito, provoca habitualmente sintomas leves, embora possa causar distúrbios neurológicos graves e em casos de mães infectadas foi diretamente relacionado ao nascimento de bebês com microcefalia. Embora o zika permaneça no centro das atenções, a Organização Mundial da Saúde afirma que contrair dengue é muito mais perigoso para os seres humanos.
Vários milhões de pessoas viajarão ao Brasil e garantir a saúde pública é o objetivo principal. Em fevereiro, a OMS declarou um alerta de saúde global e tornou pública uma lista de recomendações para evitar contingências, mas, até agora, não é partidária do cancelamento dos Jogos ou da mudança de local, pois medidas desse tipo não alterariam significativamente a propagação do zika para além das fronteiras brasileiras. Convém levar em conta que o mosquito transmissor da doença existe em 61 países e territórios, e erradicá-lo do planeta é uma tarefa impossível.
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