Luis Enrique: “Perdemos a vantagem, mas podemos ganhar todos os jogos”
Técnico do Barcelona reforça o discurso positivo antes de enfrentar o Sporting Gijón
Superado o primeiro desafio com muita facilidade (vitória por 8x0 contra o Deportivo La Coruña), o Barcelona enfrenta agora a reta final do Campeonato Espanhol com problemas dentro de campo – antes do jogo no Riazor vinha de uma sequência de quatro derrotas e um empate – e na classificação, uma vez que o Atlético de Madrid é líder ao lado dos azul-grená e o Real Madrid está um ponto atrás. O Barcelona joga no sábado contra o Sporting Gijón no Camp Nou, um duelo fundamental. “Nas últimas rodadas sempre ocorrem resultados surpreendentes porque existem equipes com a obrigação de ganhar, outras que não têm nada a perder... E para meu pesar, meu foco é ganhar do Sporting porque precisamos vencer nas quatro partidas que nos restam”, disse Luis Enrique.
O técnico acredita que não será uma partida qualquer, nem simples. “O Sporting Gijón faz uma campanha única e merecem disputar a manutenção na Primeira Divisão. E podem consegui-lo. Realizaram com muito trabalho, com organização ofensiva e defensiva. E eu, que sou sportinguista de coração, gosto da equipe, ela reflete o espírito de uma cidade”. Mas o Barcelona recuperou a tranquilidade e sua melhor versão nas duas últimas partidas, por mais que tenha perdido para o Valência e vencido com autoridade o Deportivo La Coruña. “Foi um resultado perfeito que reforça nosso momento. Para nós foi excelente”, disse Luis Enrique. “Superaram o mau momento?”, foi questionado. “Esperamos que sim porque perdemos nossa vantagem. Mas isso não significa que não podemos ganhar todos os jogos”.
Reconhecimento a Quini
O Barcelona entregará o escudo de ouro e brilhantes ao ex-atacante do Sporting Gijón e do Barcelona Enrique Castro, Quini, “por sua trajetória como jogador, fidelidade ao clube e permanente vínculo emocional com a torcida azul-grená”. A insígnia será entregue pelo presidente Josep Maria Bartomeu antes do apito inicial do duelo no Camp Nou entre suas duas ex-equipes. Com o Barcelona Quini ganhou uma Recopa (1982), duas Copas da Espanha (1981 e 1983) e uma Supercopa da Espanha (1983), além de ser o artilheiro do Campeonato Espanhol por duas vezes em 1981 e 1982, feito que já havia conquistado em outras três ocasiões com a camisa do Sporting Gijón. “Quini foi e é um deus para os torcedores do Sporting e a cidade de Gijón”, disse Luis Enrique; “fico feliz, é uma grande notícia”.
Para ganhar o Barcelona depende especialmente da pontaria de seus atacantes, que estão sempre em campo pela falta de reservas de qualidade. “Faço mudanças se vejo a possibilidade de melhorar a equipe e se percebo que precisam de descanso. No ano passado o time rodava muito; neste continuam sem gostar do que faço... É para isso que sou o técnico e esse é meu trabalho, goste ou não”, enfatizou. Mas elogiou os três. “Os quatro gols e três assistências de Luis Suárez contra o Deportivo é um feito para poucos”, disse. “Vejo Neymar em um nível muito bom”, afirmou. E sobre Messi, que não treinou na terça-feira por ter sofrido um pisão de Sidnei, explicou: “Está em perfeitas condições para jogar”.
Não quis, entretanto, falar sobre outros jogadores, como Aleix Vidal, afastado da convocação na última partida. “A convocação que faço e a escalação já dizem muito sobre o que quero fazer. Estou contente com todo meu elenco e não tenho nenhuma queixa, muito menos pública”, alegou. Mas falou sobre Bartra, que no Riazor jogou pela primeira vez como titular no Espanhol desde a 9° rodada. “Ele realizou um trabalho espetacular com discrição e é um grande profissional. É a atitude que qualquer profissional deve ter, mas não é tão fácil e ele disse – porque sempre me diz que está preparado – e cumpriu. Deve aproveitar o momento e continuar sempre preparado para quando entrar em campo”.
Acordo de colaboração entre a Fundação do Barça e a de Eric Abidal
Antes da entrevista coletiva do técnico, o Barcelona oficializou o acordo de colaboração entre a Fundação do clube com a do ex-jogador azul-grená Eric Abidal, que luta contra o câncer infantil. A ação, que contou com uma dúzia de crianças que têm ou já tiveram câncer, selou o acordo que “buscávamos há tempos”, como explicou o presidente Josep Maria Bartomeu. “Fico feliz quando vejo uma criança sorrir”, disse o lateral e zagueiro da equipe de Pep Guardiola, que ergueu a Champions de 2011 por vontade do capitão Carles Puyol, em reconhecimento à luta de Abidal por ter vencido a luta contra o câncer de fígado.
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