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Felipão: “Admiro o Barcelona, mas acredito nos meus jogadores”

Técnico exalta qualidade do Guangzhou no Mundial de Clubes com mensagem otimista

Jordi Quixano
Scolari durante o treinamento do Guangzhou em Yokohama.
Scolari durante o treinamento do Guangzhou em Yokohama.C. JUE (EFE)

Calmo, com uma mensagem direta e estudada, o técnico Luiz Felipe Scolari atendeu aos veículos de imprensa antes da semifinal do Mundial de Clubes entre sua equipe, o Guangzhou chinês, e o Barcelona nesta quinta, às 8h30min (EL PAÍS faz cobertura minuto a minuto pelo site). “O rival é um dos melhores times do mundo”, disse o treinador brasileiro; “mas o futebol chinês está avançando a cada dia e sabemos que temos qualidade. Meus jogadores também sabem e estão muito motivados, são suficientemente inteligentes para fazer uma boa partida”. Foi o tom geral da entrevista coletiva, pois Scolari fez tanto elogios ao Barça como aos seus jogadores, personificados em uma mensagem final ao seu capitão, Zhi Zheng. “Esse atleta tem um nível muito alto e mostrará a força de nossa equipe na partida”, finalizou.

Os treinamentos do Guangzhou, com muitas brincadeiras, risadas e também trabalho, mostram a saúde da equipe, que soma 28 partidas sem derrota desde a chegada de Scolari ao banco de reservas. “Somos a equipe campeã da Ásia e ganhamos do América (do México). Quantos clubes no mundo gostariam de estar em nosso lugar e jogar contra o Barcelona?”, disse Scolari; “respeito, admiro e gosto do futebol do Barça, mas confio plenamente em meus jogadores”. Zheng, o capitão, foi na mesma linha: “É um rival de alto nível, mas fizemos muito esforço para estar aqui e para ganhar do América [nas quartas-de-final]. Antes do Japão, queríamos jogar contra uma equipe europeia. Vamos demonstrar nossa capacidade porque temos muitas expectativas”.

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Felipão não escondeu, de qualquer forma, que as figuras universais do Barcelona dominam o panorama futebolístico. “Neymar é um dos três melhores do mundo; está há cinco anos evoluindo. E qualquer equipe sentirá sua falta – espera-se que hoje ele treine pela primeira vez na equipe após a contusão –, mas o Barça tem 25 jogadores do mesmo nível”, disse Scolari, que também falou sobre Messi: “É um dos três melhores do mundo na história. Mas não está sozinho, o Barcelona também conta com Rakitic, Suárez, Iniesta... São muitos os bons jogadores”. E acrescentou: “Mas nós também temos jogadores muito bons”.

Scolari lembrou que foi no Nissan Stadium de Yokohama que seu Brasil conquistou a Copa do Mundo de 2002. Com um ataque maravilhosos: Ronaldo, Rivaldo e Ronaldinho. “São comparáveis aos três atacantes de hoje do Barcelona. Mas não sei qual é melhor porque todos são jogadores excepcionais”, finalizou. Mas nessa ocasião, terá de enfrentá-los.

Não quis negociar com o Barcelona em 2003

No começo da temporada de 2003-2004 o Barça estava desconjuntado, até o ponto de parecer claro que iriam demitir Frank Rijkaard em sua primeira temporada após perder para o Racing (3x0) e para o Málaga (5x1). “Quando meu amigo Sandro Rosell era o presidente [o técnico se enganou porque ele ocupava o cargo de vice-presidente no mandato de Joan Laporta] do Barcelona, eu era o treinador de Portugal. Poderia ter conversado e aceitar a oferta do clube, mas tinha dois anos de contrato com a seleção portuguesa e não podia abandoná-la por ética. O tempo passou”, disse Scolari

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