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Barcelona segura empate com o Bayer Leverkusen: 1 a 1 na Alemanha

Machucado, Neymar ficou fora do Barça, que jogou com time misto para poupar craques

Jordi Quixano
Leverkusen x Barcelona pela Champions
Leverkusen x Barcelona pela ChampionsMartin Meissner (AP)

O Barcelona queria desfrutar uma partida que tinha pouca importância, com a equipe escalada com reservas e juvenis. Mas o Leverkusen apagou a ideia da cabeça dos jogadores espanhóis rapidamente. A imensa pressão e as seguidas chegadas ao gol, que foram desperdiçadas na finalização, fizeram os jogadores do Barcelona esquecerem qualquer celebração. Seguraram um empate que ratificou o Barça como campeão do grupo E e condenou o Bayer à Europa League, ficando a Roma com o segundo lugar do grupo após o 0 a 0 com o BATE.

Luis Enrique via o duelo como a oportunidade perfeita para dar descanso às sobrecarregadas pernas de seus craques, sobretudo porque não pôde aplicar o rodízio como fez na temporada passada, quando não teve que lidar com tantas lesões musculares —a última de Neymar— e quando também não estava vigente o veto da FIFA para contratações. O técnico não exitou na hora de escolher a escalação, com poucos titulares e até dois atletas do time B (Samper e Kaptoum) no meio. Uma aposta valente e arriscada que custou o protagonismo à equipe e que rendeu um ou outro susto.

O talentoso Kaptoum começou errando logo os dois passes. No segundo, Çalhanoglu já aproveitou com um disparo de média distância que por pouco não abriu o placar. Destaque do primeiro tempo, o turco cobrou uma falta que tinha endereço certo não fosse a defesa plástica de Ter Stegen. O comando da partida, ao menos no campo adversário, era de um Bayer elétrico, que fazia pressão homem a homem e incomodava o Barça, um tanto prejudicado pela falta de Busquets e Piqué para atuar na saída de bola— e sem talento para superar as linhas rivais.

Samper, que conseguiu bons lances com a bola nos pés, não conseguia conduzir a equipe. A falta de titulares no meio campo e de Suárez no ataque não facilitou a vida de Samper. Messi, que sempre gostou de ter a bola ao seu lado, voltava para ajudar na armação. Nada funcionava. A pressão do Bayer representava muito perigo porque a defesa do Barça atuava adiantada. E, se o primeiro passe vertical saísse certo, o Barça até conseguia usar bem a superioridade numérica no meio. Não ocorreu quase nunca, mas em uma dessas, Rakitic leu de forma magistral a diagonal de Messi, que ficou cara a cara com Leno e, coisa rara para ele, que sempre define essa jogada com um chute colocado, driblou o goleiro rival para empurrar com a direita para o gol. Uma chegada, um gol.

Mas efetivo também foi Chicharito, um atacante do estilo do brasileiro Romario, que parece desligado da partida até que entra em combustão, sempre na área rival. Os meias do Bayer acompanhavam muito bem sua movimentação. Kramer ou Kampl, que dividiam o espaço, se revezavam para desmontar os contra-ataques rivais. Numa dessas jogadas, que acabou em escanteio, Kampl quase marcou o gol de empate.Em outra, após cruzamento na área feito por Mehmedi, Çalhanoglu deu um toque sutil para o arremate de Chicharito. Chute seco com a canhota: gol.

Sem conseguir jogar no segundo tempo, Luis Enrique colocou no jogo Gumbau e Cámera. Mas ao Bayer, que jogava no limite, faltava precisão na definição. Como na de Chicharito, teve grande chance e até ouviu a torcida gritar gol. Era um bombardeio contínuo contra o gol do Barca: Çalhanoglu entrou na área e disparou frente a frente com Ter Stegen e parou no goleiro; Bellarabi também perdeu chance clara de gol; e Kampl chutou forte mas muito alto de fora da área. Também não foi boa a finalização de Kiessling e até Chicharito parou em Ter Stegen depois de aproveitar um cruzamento na área. Uma partida totalmente dominada pelo Leverkusen que mereceu a vitória sobre um Barça sem os titulares e que sem o tridente não pode jogar tão vertical. Embora tenha Messi, e isso já vale para empatar qualquer partida.

Acompanhe como foram os lances da partida no minuto a minuto:

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