Ford Motors amarga prejuízos na América Latina
Marca compensa na Europa os resultados e registra o trimestre mais rentável em 15 anos
As economias da América Latina estão em crise, e isso é um obstáculo para os resultados das grandes multinacionais, como a Ford Motor. O segundo fabricante de carros norte-americanos registrou perdas de 185 milhões de dólares [684 milhões de reais] na região, contra ganhos de 110 milhões [407 milhões] há um ano. Isso não evitou que a companhia registrasse o trimestre mais rentável em 15 anos, graças à redução pela metade do prejuízo na Europa, de apenas 14 milhões [52 milhões].
Essa disparidade também foi verificada na semana passada nos resultados da General Motors. Em seu caso, as perdas na Europa se reduziram a 45 milhões de dólares [166 milhões], comparados a 305 milhões há um ano [1,13 bilhão]. Entretanto, os resultados negativos na América Latina se elevaram a 144 milhões [532 milhões], depois de 81 milhões [299 milhões] no mesmo período de 2014. No Brasil as vendas caíram cerca de 20%, junto com os problemas com o tipo de câmbio na Venezuela.
Em escala global o negócio da Ford Motor registrou uma receita de 1,9 bilhão de dólares [7 bilhões de reais]. É um aumento de 44% em um ano, no melhor trimestre para a empresa desde o ano 2000. O volume de negócios foi de 37,3 milhões entre abril e junho, e se manteve praticamente estável. Essa rentabilidade é conseguida graças ao impulso de vendas de seus carros maiores, que estão permitindo que a empresa eleve os preços desses modelos.
A margem de lucro da Ford Motor é agora de 7,2%, seis décimos porcentuais a mais que há um ano. Pode até elevá-la acima de 8,5% ao final do ano, se for capaz de solucionar os problemas com o recém-projetado F-150. Embora a produção desse modelo de picape já esteja em plena capacidade, o estoque de veículos da série F continua limitado.
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