Justiça da Itália nega recurso e Pizzolato se aproxima de extradição
Tribunal negou pedido do ex-diretor do BB, condenado no mensalão, para ficar no país

A Justiça italiana voltou a autorizar a extradição de Henrique Pizzolato, ex-diretor do Banco do Brasil. Único condenado pelo mensalão petista que conseguiu fugir do país, Pizzolato está desde 2013 na Itália. Nesta quarta-feira, o Tribunal Regional do Lazio, rejeitou o recurso da defesa do ex-diretor do BB para suspender a operação. Os advogados alegam que os presídios brasileiros não possuem condições de garantir a integridade física dos detentos.
Com a decisão, o Ministério da Justiça voltará a discutir com as autoridades brasileiras a fixação de uma data para a transferência de Pizzolato, que deve cumprir pena no Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal, onde outros condenados no processo do mensalão estão presos. A defesa do ex-diretor ainda pode recorrer ao Conselho de Estado, a última instância da Justiça administrativa da Itália, para evitar a extradição.
O primeiro parecer favorável ao pedido de extradição foi dado em abril deste ano pelo Ministro da Justiça da Itália, Andrea Orlando. No entanto, 12 dias após a decisão, o processo da volta do ex-diretor do BB ao Brasil foi suspenso após recurso apresentado pelo seus advogados.
Condenado no mensalão a 12 anos e 7 meses de prisão por peculato, lavagem de dinheiro e corrupção, o petista escapou do país em setembro de 2013, usando o passaporte do irmão. Ele seguiu para a Itália, onde foi localizado cinco meses depois na casa de um sobrinho na cidade de Maranello. Pizzolato chegou a ficar detido enquanto a justiça italiana e brasileira negociavam a sua extradição.
Em nota conjunta, as autoridades brasileiras envolvidas no processo esclareceram que a extradição voltou a ter eficácia plena. Dessa forma, o governo brasileiro aguarda o pronunciamento do Ministério da Justiça da Itália para iniciar a operação para transferir Pizzolato.
"A concessão da extradição pelo Ministério da Justiça da Itália volta a ter eficácia plena. Com isso, o Brasil poderá extraditar Henrique Pizzolato assim que o próprio Ministério da Justiça italiano fixar nova data para a operação", diz a nota. O comunicado explica ainda que "se espera" que isso ocorra "muito em breve".
Entre 2003 e 2004, Pizzolato teria autorizado o repasse de 74 milhões de reais que o Banco do Brasil tinha em um fundo de investimento a DNA, agência de publicidade de Marcos Valério, usada na distribuição de dinheiro políticos. De acordo com a promotoria, o ex-diretor da instituição recebeu 336.000 reais do esquema.
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