Um acordo fundamental
O compromisso dos Estados Unidos e China de reduzir suas emissões abre as portas para um novo protocolo global contra a mudança climática
Enfim há um compromisso. Estados Unidos e China, os dois países que mais contribuem para a difusão de gases do efeito estufa, selaram um acordo negociado em segredo pelo qual se comprometem a reduzir de forma substancial suas emissões até 2030. É uma resolução importante e representa um empurrão definitivo para que a conferência de Paris em 2015 possa trazer um novo acordo mundial que substitua o protocolo de Kyoto. É preciso comemorar esse êxito, considerar que, como assinalou Barack Obama junto ao presidente chinês, Xi Jinping, tem “caráter histórico” e desejar que seja cumprido. E que sirva de exemplo.
A China aceitou impor limites concretos a suas emissões: em 2030 (ou antes, se possível), 20% da energia consumida terá de ser limpa; e começará a reduzir o nível de emissões. Esse objetivo, que pode parecer limitado, representa um grande esforço para um país com elevada taxa de crescimento e dependência quase total do carvão. Significa que, nesse tempo, deverá conseguir o mesmo volume de energia limpa de fontes não poluentes que hoje obtém do carvão. E os Estados Unidos se comprometem a reduzir as emissões em 17% até 2020, em relação ao nível de 2005, e entre 26% e 28% em 2030. É o dobro da meta anterior. É preciso confiar que o Partido Republicano, que agora domina as duas Câmaras, estará à altura do acordo e não criará obstáculos a seu desenvolvimento, apesar de as primeiras reações de seus dirigentes máximos no Congresso não serem muito alentadoras.
É vital que as duas grandes potências se somem ao esforço liderado há anos pela União Europeia para reduzir o aquecimento global. Agora é preciso pedir aos demais países, especialmente aos da OCDE – como fez ontem Jean-Claude Juncker – que também assumam objetivos concretos. Só assim se poderá alcançar o desafio de limitar o aquecimento global a menos de 2°C no final do século.
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