O bunker de Mussolini
A prefeitura abre ao público o refúgio que o ditador fez construir em sua residência romana
Manter viva a memória. Essa é a razão que o prefeito de Roma, Ignacio Marino, deu aos jornalistas de todo o mundo que não quiseram perder a abertura ao público do bunker que Benito Mussolini fez construir em sua residência de Villa Torlonia, no centro da capital italiana. Um pequeno espaço de uns 80 metros quadrados, sob o lago do que o ditador chamava de “a Palazzina” e o restante dos romanos de “o Palazzo”. O espaço já existia e era a adega da residência de estilo neoclássico que no século XIX a família de banqueiros mandou construir e nos anos 20, quando chegou ao poder, o líder fascista alugou por uma lira por ano para transformá-la em sua residência.
Ao contrário de outros bunkers construídos para a segurança dos políticos importantes da Segunda Guerra Mundial, esse refúgio é modesto. A resistência contra as bombas era proporcionada por uma camada de um metro e vinte de espessura de cimento armado que revestia tetos e paredes, e grossas portas metálicas garantiam o isolamento em caso de possíveis ataques com gases.
O espaço, reservado para uso exclusivo de Mussolini e sua família, é acessível agora para todos os que quiserem recordar a Itália em branco e preto, a caderneta de racionamento e os desfiles militares para a glória do Duce.