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Você saberia desenhar o mundo de memória? Ele sim

“Quando eu tinha uns quatro ou cinco anos, meus pais me deram um atlas", diz o estudante

Delia Rodríguez

Eduardo Collin pode desenhar o mapa do mundo inteiro, de memória. Com seus países, suas dimensões e suas fronteiras. Há alguns dias, aos quase 19 anos, decidiu mostrar seu talento na Internet.

O vídeo que ele postou em seu canal no YouTube – no qual se vê o processo de criação do mapa sobre uma lousa branca – foi acelerado para que dure menos de cinco minutos, apesar de toda a criação ter tomado cerca de 40 minutos, explica ele. “Quando eu tinha uns quatro ou cinco anos, meus pais me deram um atlas. Eu passava horas estudando-o. Não precisei ensaiar muito para fazer o vídeo. Simplesmente disse ‘sei fazer isso e vou mostrar’”, conta o jovem. A geografia é apenas uma das paixões deste estudante de Barcelona, que cursa o segundo ano de Economia. “Meu interesse pela geografia é um sinal de um interesse maior por tudo. Desde pequeno sou interessado em tudo. Isso é apenas uma coisa a mais”.

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Mas como ele conseguiu o feito? Seguiu alguma técnica mnemônica? “Se alguma coisa te interessa muito, te desperta paixão, a mente se lembra dela. No fim, sai sozinho. Não sou um bom desenhista”, diz. Em outro vídeo, divulgado posteriormente, Eduardo ensina alguns truques para se desenhar o mapa da Europa de cabeça a quem se animar.

Divulgado no Reddit, no Tumblr e no blog espanhol de geografia Fronteras (de onde saltou para a capa da rede social de notícias espanhola Menéame), o vídeo obteve até agora alguns milhares de visitas e fascina seus espectadores, que nos comentários misturam elogios com algumas críticas aos erros do mapa. “Esqueci as ilhas do leste do Mediterrâneo, o Alasca e o Cazaquistão, e me confundi com as regiões sul e leste da África, e com Oriente Médio, Ucrânia, Austrália, Nova Zelândia e Uruguai, além de outros detalhes, mas estou bastante satisfeito com o resultado, de maneira geral”, reconhece o autor na descrição do vídeo no YouTube.

Eduardo faz parte de uma antiga leva de aficionados por cartografia que, nos últimos anos, transferiram suas habilidades para a rede. Há um mês tornou-se viral a história do professor chinês que também era capaz de recriar um mapa do mundo em um quadro negro, diante de seus alunos. Um deles o fotografou e postou a imagem na rede social Weibo. Alguns anos atrás, falou-se de Al Franken, senador que desenhava os Estados norte-americanos com facilidade.

Ainda que os espectadores não se surpreendam com a habilidade especial de pessoas como o professor chinês e Eduardo, para o jovem o que chama a atenção é justamente o oposto: “Tenho curiosidade em saber como as pessoas formam o mapa do mundo na cabeça, no que pensam quando ouvem o nome “Birmânia”, como absorvem o que assistem nos noticiários”, reflete.

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