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A construção de um presidente para 2018

Campos manteve uma média de 9% nas pesquisas e era apontado como uma nova liderança para dentro de quatro anos

C. Jiménez
Eduardo Campos e Marina Silva em abril.
Eduardo Campos e Marina Silva em abril.UESLEI MARCELINO (REUTERS)

Eduardo Campos, candidato do PSB, estava em terceiro lugar nas pesquisas eleitorais, com cerca de 9% das preferências dos eleitores. O candidato tentava se tornar a alternativa à polarização entre o PT e o PSDB. Com um projeto de manter os benefícios que a gestão petista tinha alcançado, Campos defendia uma mudança na política econômica do governo Rousseff para garantir um melhor ambiente de crescimento. Em sua última entrevista, para a rede Globo, na noite desta terça-feira, ele reiterou seus compromissos. “É o único governo que termina com índices piores do que começou”, criticou ele.

Campos surpreendeu o mundo político no ano passado quando anunciou sua parceria com a candidata Marina Silva, que obteve cerca de 20 milhões de votos na última eleição, na qual concorria pelo Partido Verde. A ambientalista fundou um novo partido, o Rede, que fechou aliança com o PSB. Depois de um suspense de quem encabeçaria a chapa, a dupla decidiu que Campos seria a pessoa certa, enquanto Marina poderia ser a melhor cabo eleitoral que um candidato poderia desejar.

Com uma ótima aprovação no seu Estado – saiu com 80% de aprovação do seu governo –, o candidato era pouco conhecido fora de lá. Por isso, trabalhava-se com a hipótese de que ele iniciava um projeto para tornar-se efetivamente presidente em 2018. Num primeiro momento, parecia se aproximar de Aécio Neves na campanha contra a presidenta Rousseff. Mas Campos fez questão de trilhar seu caminho solo para não se vincular ao candidato tucano.

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