Fischer qualifica a recuperação global de decepcionante
O vice-presidente do Fed admite que a anêmica resposta à crise afeta o potencial dos EUA
Stanley Fischer, o novo vice-presidente do Federal Reserve, o Banco Central dos EUA, considera que é cedo para dizer que a Grande Recessão prejudicou de maneira permanente a economia dos Estados Unidos. Mas admite que a recuperação está deixando muito a desejar, ao qualificá-la de decepcionante. É sua maneira de antecipar que a autoridade monetária seguirá dando o sustento que a economia necessitar.
Fischer escolheu uma conferência em Estocolmo (Suécia) para fazer seu primeiro discurso público como o número dois do banco central mais poderoso do mundo. O ex-diretor do Banco Central de Israel assumiu em junho o posto deixado vago por Janet Yellen, a presidenta do Fed. A mesma palavra, decepção, é utilizada por Fischer para o resto das economias desenvolvidas.
Faz cinco anos que os EUA chegaram ao fundo do poço. O perfil do crescimento está sendo muito desigual. A afirmação de Fischer não é nova, reflete a preocupação de que esta resposta anêmica afetará o potencial a longo prazo do motor de crescimento. De fato, explica, é necessário se fixar nas contínuas revisões que são feitas sob as projeções econômicas.
Os EUA crescem menos do que 2% ao ano, um ponto a menos do que a Fed antecipou para essa data em 2009. A contração do mercado de trabalho, a queda na produtividade e o investimento débil explicam, junto com outros fatores temporais como a atividade no setor imobiliário, porquê a maior economia do mundo não gera o crescimento que se espera ou deseja.
Stanley Fischer, que também foi sondado para presidir o Fed, se mostra em todo caso mais otimista do que, por exemplo, Larry Summers, que fala de uma brecada “secular” ou permanente. Nesse sentido, o vice-presidente do Federal Reserve admite que o baixo rendimento da economia dos EUA e a global podem causar mudanças mais estruturais a longo prazo.
O Federal Reserve decidiu no final de julho realizar um novo corte na compra de dívida, até os 25 bilhões de dólares (56 bilhões de reais) mensais. A intenção é ter o mecanismo desmantelado para outubro e manter os juros em 0% até meados de 2015. Mas existem vários membros que veem a possibilidade de antecipar o processo, com um primeiro aumento no primeiro semestre de 2015.
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