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Morre Julio Grondona

O presidente da Associação do Futebol Argentino faleceu aos 82 anos, em Buenos Aires

Julio Grondona, antes da Copa de 2014.
Julio Grondona, antes da Copa de 2014.JUAN MABROMATA (AFP)

O presidente da Associação do Futebol Argentino (AFA) e vice-presidente da FIFA, Julio Grondona, morreu nesta quarta-feira, aos 82 anos, após sofrer uma série de problemas cardíacos.

Grondona foi internado nesta manhã no Sanatório Mitre e faleceu quando era preparado para uma cirurgia na artéria aorta, segundo fontes hospitalares. Grondona era presidente da AFA desde 1979, e seu cargo será agora assumido por seu vice, Luis Segura, dirigente do clube Argentinos Juniors. A cúpula da entidade está avaliando a possibilidade de suspender o início de todas as competições futebolísticas do fim de semana.

A despedida de Messi

“Dia muito triste para o futebol, para toda a Argentina e para mim. Nosso Presidente da AFA, Julio Grondona, nos deixou. Quero mandar minhas condolências e um abraço muito grande a todos os seus familiares e amigos.
- LIO

Grondona, que fez amigos e inimigos em igual número durante seus mais de 40 anos de gestão no futebol argentino, incorporou-se à AFA um ano depois do primeiro título mundial da Argentina, à época dirigida pelo treinador César Luis Menotti – cujo contrato Grondona imediatamente mandou renovar. “É algo muito doloroso, a despeito das diferenças que alguém tenha tido. Conheci a sua família, simplesmente resta acompanhar seus filhos neste momento difícil”, disse Menotti ao canal TyC Sports.

Sob o mandato de Grondona, a Argentina foi campeã juvenil em 1979 com Menotti, ganhou a Copa do México em 1986 com Carlos Bilardo como técnico, foi vice na Itália-90 e recentemente repetiu essa segunda colocação na Copa do Brasil, com Alejandro Sabella como treinador. Grondona sempre foi questionado por sua forma de dirigir os destinos da AFA e pela maneira como conseguia sucessivas reeleições na poltrona mais cobiçada do futebol argentino. Em seu primeiro mandato, seus inimigos o acusaram de ter sido indicado a dedo pelo interventor que à época mandava na entidade que comanda o futebol no país.

Recentemente, Grondona e seu filho Julio Humberto, também dirigente, haviam dito que o longo mandato dele se encerraria em 2015. “O destino está em Deus”, costumava dizer Grondona quando questionado sobre sua continuidade no cargo.

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