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“O Mundial já começou”

Uma pesquisa mostra que 71% dos brasileiros torcem pelo sucesso da Copa. Blatter entrega à Rousseff o troféu do campeão

A presidenta Dilma Rousseff eleva o troféu ao lado do ex-jogador Cafu e de Joseph Blatter nesta segunda-feira.
A presidenta Dilma Rousseff eleva o troféu ao lado do ex-jogador Cafu e de Joseph Blatter nesta segunda-feira.Wenderson Araujo (EFE)

Após meses de polêmicas, acidentes, incerteza e manchetes negativas, de um ambiente tenso nas ruas e de pesquisas pouco suaves, o Mundial já chegou ao Brasil. As ruas, embora com moderação em comparação a outras edições, estão sendo finalmente decoradas com as cores da seleção, os treinamentos da equipe de Scolari são seguidos com paixão por milhares de torcedores e pesquisas de última hora revelam um aquecimento progressivo da atmosfera futebolística. Desde o último domingo, o Cristo Redentor reluz verde e amarelo, iluminado por 300 projetores LED, nas noites do Rio de Janeiro.

Como se fosse pouco, a Arena Corinthians, sede da partida inicial que ocorre dentro de dez dias e objeto de enorme preocupação para as autoridades por seu enorme atraso, parece ter deixado de ser um problema: membros do Comitê Organizador Local confirmaram na manhã desta segunda que só requer alguns retoques “estéticos” e que “estará 100% pronta”, apesar de por precaução ter se aconselhado não encher toda sua arquibancada provisória no jogo entre Corinthians e Botafogo ocorrido ontem como prova definitiva da aptidão do recinto. “Não ia ter Copa?”, ironizou esta manhã em alusão às manifestações o secretário geral da FIFA, Jerome Valcke, ao apresentar o centro internacional de imprensa da Copa no Rio de Janeiro: “O Mundial já começou”.

A presidenta, Dilma Rousseff, recebeu em Brasília esta tarde do presidente da FIFA, Joseph Blatter, o troféu que erguerá o campeão no próximo 13 de julho, em um ambiente relaxado e muito distante das críticas e recriminações que veio suportando o Governo desde 31 de dezembro, data na qual estava prometida a entrega dos doze estádios à entidade que dirige o futebol mundial (entregou na ocasião só seis) “Quero reafirmar a todos os brasileiros e a todos os que nos visitarão nos próximos dias que vamos fazer a Copa das Copas”, afirmou Rousseff, que elogiou “a gentileza e o carisma do povo brasileiro” e assegurou que “a estrutura de segurança vai proporcionar a todos a tranquilidade necessária para conhecer nossa beleza”. A presidenta voltou a ressaltar o respeito à diversidade e a pedir que seja “uma Copa sem racismo”.

Uma sondagem publicada nesta manhã pelo IBOPE revelou que 71% da população brasileira espera que a Copa seja um sucesso, apesar de 39% afirmar que ainda se sente “frio, muito frio ou gelado” em relação ao maior espetáculo esportivo do planeta.

Enquanto isso, em Goiânia, onde a seleção brasileira prepara seu amistoso desta terça-feira diante do Panamá, o Exército e a polícia preparavam um dispositivo de segurança que evitasse possíveis incidentes como os que mancharam, há exatamente uma semana, a chegada dos futebolistas à concentração de Teresópolis. Desta vez, a chegada ocorreu sem que aparecesse um único manifestante e os jogadores foram animados por 20.000 pessoas no único treinamento público da formação de Scolari.

Um dia após sua bronca pública aos jogadores por “falta de intensidade” nos treinamentos e “contínuos desajustes na marcação”, Felipão continuava mostrando um semblante sério que indicava possíveis novidades diante de seu esquema inicial de manter a equipe titular que ganhou a final da Copa das Confederações. Seus dois laterais inicialmente titulares, Marcelo e Daniel Alves, de clara projeção ofensiva, deixaram dúvidas em Scolari sobre buracos na defesa e poderiam ver seu lugar ameaçado, embora amanhã sejam titulares em uma formação com os seguintes homens (Thiago Silva e Paulinho ficaram em Teresópolis com problemas físicos): Júlio Cesar, Daniel Alves, David Luiz, Dante e Marcelo; Luiz Gustavo, Ramires e Oscar; Hulk, Neymar e Fred.

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