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John Galliano encontra trabalho

A principal rede de perfumes da Rússia contrata ao estilista como consultor Se trata de seu primeiro contrato estável desde a polêmica racista que acabou em sua demissão da Dior em 2011

O estilista John Galliano, em janeiro de 2014.
O estilista John Galliano, em janeiro de 2014.CORDON PRESS

A rede russa de perfumes L’Etoile contratou John Galliano como consultor. Trata-se do primeiro posto permanente que o estilista ocupa desde que foi despedido de Dior em 2011, após proferir insultos antissemitas.

O site de L’Etoile anunciou a notícia com o título “John está de volta!”, sem dar mais detalhes a respeito. A rede é a mais importante da Rússia em sua área e conta com 750 estabelecimentos, que vendem cerca de 10.000 produtos de perfumaria e cosmética, entre os que se encontram marcas como Dior, Chanel e Guerlain. Os meios especializados informam que o estilista, que está a vários meses trabalhando para a empresa russa, se encarregará da linha própria da casa. Embora o costureiro nunca tenha tido um papel dedicado exclusivamente à cosmética, durante seus 15 anos na Dior esteve muito implicado na criação de novas linhas de beleza como Addict.

Desde que ficou desempregado, Galliano tentou sua reinserção na indústria da moda com um punhado de pequenos projetos. A primeira a ajudá-lo foi sua amiga Kate Moss, que o encarregou seu vestido de noiva e chamou para participar como diretor criativo em uma sessão de fotos para a edição britânica da revista Vogue. O ator Stephen Fry encomendou o vestuário para sua versão da obra de Oscar Wilde A importância de chamar-se Ernesto.

Além disso, o estilista atua como mentor para os estudantes de moda na prestigiosa escola londrina Central Saint Martins. Em território britânico não é visto de todo mal, um sinal de que conserva antigas alianças. No entanto, a escola de design Parsons em Nova York cancelou suas aulas, depois de um abaixo assinado pedindo seu veto. A pedido de Anna Wintour, Oscar de la Renta ofereceu-lhe uma colaboração de três semanas em seu atelier. Embora se dava por certo que ocuparia um posto permanente dirigindo a firma, as negociações não chegaram a evoluir, já que Renta não aceitou pagar a alta soma que requeria Galliano.

O estilista segue pendente de sua demanda judicial contra a Dior pela demissão improcedente. Um tribunal francês reconheceu que Galliano era um empregado da maison e não um mero colaborador e tem direito a que se revisem as condições de sua demissão.

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