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CHAMPIONS | IDA DE OITAVAS | MILAN - ATLÉTICO

O Atlético toma o San Siro

Uma cabeçada de Diego Costa no reta final concede um valioso 0-1 à equipe de Simeone em frente a um Milan muito desvalorizado Antes, Courtois neutraliza um disparo de Kaká e um testarazo de Poli

Costa choca com Balotelli.
Costa choca com Balotelli.Marco Luzzani (Getty Images)

Um gol de Diego Costa na reta final do encontro deu a vitória ao Atlético no San Siro (0-1) após uma partida travada. O artilheiro hispano-brasileiro cabeceou à rede após um desvio errado da defesa do Milan e permitiu ao time arrancar um resultado muito positivo face ao duelo de volta no Calderón.

O Atlético se apoderou da bola no primeiro quarto de hora do jogo, mas não chegou a encontrar a meta de Abbiati. Bem mais pragmático, o Milan replicou com um jogo menos elaborado, conforme o perfil de seu plantel. Também com mais pegada. Teve chances de se adiantar no marcador em duas ocasiões, mas Courtois emergiu como um colosso. Na primeira ocasião, o suficiente para desviar para fora um disparo de Kaká com a esquerda, desde um canto da área; e na segunda, esticou o braço direito para evitar o tento de Pol. A mão do goleiro enviou a bola. Respirou a equipe de Simeone.

MILAN, 0-ATLÉTICO, 1

Milan: Abbiati; De Sciglio (Abate, m. 26), Rami, Bonera, Emanuelson; De Jong, Essien; Poli (Constant, m. 84), Kaká, Taarabt; e Mario Balotelli (Pazzini, m. 77). Não utilizados: Amelia; Mèxes, Zaccardo y Petagna.

Atlético: Courtois; Juanfran, Miranda, Godín, Insua; Gabi, Mario Suárez; Koke, Raúl García (Adrián, m. 79), Arda Turan (Cebola Rodríguez, m. 74); e Diego Costa. Não utilizados: Aranzubia; Alderweireld, Diego, Sosa y Villa.

Gol: 0-1. M. 83. Diego Costa.

Árbitro: Pedro Proença (Portugal). Mostrou cartão amarela a  Insua, Mario Suárez, Abate, Bonera, Diego Costa, Rami y Adrián.

Uns 75.000 espectadores no estádio de San Siro.

O jogo ficou mais pegado. Uma feia entrada de Insua resultou em uma briga e depois foi Essien quem agiu de maneira rude. O Atlético não se amedrontou no corpo a corpo, embora foram os rossoneri que saíram mais airosos nesse palco. Apareceu também Balotelli, que em um contragolpe exibiu um detalhe técnico e deixou a bola para Kaká. O chute do brasileiro, chegando desde a segunda linha, tocou na zona superior da rede da meta alvirrubra.

Enredado, a partida não deixou maior notícia daí até intervalo salvo um novo disparo de Balotelli, astuto para adivinhar a trajetória de um desvio e armar a perna com pressa. Buscou o ângulo esquerdo de Courtois, mas seu disparo se perdeu a um metro do poste e arrancou um suspiro da torcida no San Siro.

Castigaram os milaneses nada mais ao arrancar o segundo ato, quando uma formosa bicicleta de Diego Costa que passou a dois metros acima do gol foi interpretada como uma ousadia. Na sequência, Raúl García deu o susto, quando abriu machucou as pernas e teve que permanecer uns minutos fora do campo para avaliar seu estado. O Atlético pisou no acelerador. Adiantaram as linhas os alvirrubros e se aproveitaram das deficiências do Milan para jogar bola de verdade, mas não encontravam linhas de passe claras. Nem sequer Arda, bem marcado por De Jong.

Balotelli caiu em combate, com dores no ombro direito depois de um encontrão, e enclausurou-se definitivamente o Milan, muito desvalorizado nos tempos atuais, mais pendente de guarnecer sua guarida do que de olhar ao gol contrário. O Atlético aproveitou para se aproximar, sobretudo em uma fabulosa triangulação entre Juanfran, Gabi y Raúl García. Este último disparou às nuvens. Sim obtiveram recompensa depois quando a indulgência do fundo milanista e a lentidão de seu goleiro permitiu Diego Costa cabecear à vontade. 0-1. Uma chuteira de ouro.

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