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FÓRMULA 1

Fernando Alonso: “É preciso trabalhar, e falar menos”

O piloto espanhol se despede uma temporada na qual tudo foi piorando: “É o vice-campeonato do qual mais me orgulho”

Oriol Puigdemont
Fernando Alonso, en el 'box' de Ferrari en Austin
Fernando Alonso, en el 'box' de Ferrari en AustinJOE KLAMAR (AFP)

Termina neste fim de semana um Mundial de Fórmula 1 que para a Ferrari, e muito particularmente para Fernando Alonso, chegou a ser uma espécie de penitência em todos os sentidos. Com o piloto espanhol como ponta de lança, a escuderia iniciou o ano convencida de que poderia disputar o título até o final, mas o terminará em brancas nuvens, cruzando os dedos para que a Lotus não lhe arrebate a terceira colocação no Mundial de Construtores. Individualmente, além do mais, Alonso passou apuros durante as últimas três semanas por causa da pancada que levou do seu carro em Abu Dhabi, o que lhe causou fortes dores nas costas e na cabeça até bem poucos dias atrás. Chega a hora de fazer um balanço, e o discurso do espanhol se assemelha muito ao dos três anos anteriores a esta altura, por mais que desta vez ele garanta estar especialmente satisfeito com o vice-campeonato, dadas as circunstâncias. Já não tanto pela superioridade demonstrada por Sebastian Vettel e sua Red Bull desde meados do ano – o alemão tem ganhado tudo –, mas por causa da fraqueza que acometeu o seu F138.

“Estou contente de ter feito uma boa temporada. Este é o vice-campeonato do qual mais me orgulho. A última corrida de 2012 nos deixou um sabor agridoce, porque podíamos ter vencido, e no entanto desta vez temos o sétimo ou o oitavo carro do grid, e vejo onde está Felipe [Massa], quantos pontos ele tem [106, contra 227 seus]”, admitiu Alonso já em Interlagos, onde há previsão de chuva a partir de sexta-feira e até o domingo. “Quero fazer uma boa corrida, e se conseguíssemos subir os dois ao pódio então seria um sonho. De todo modo, depois de ficar cinco [corridas] fora dele e de inclusive ter precisado brigar para pontuar, definirmos o pódio como objetivo não seria realista”, acrescentou o piloto de Oviedo.

Chegando a esta altura e com o quarto título há várias semanas já no bolso de Vettel, a pergunta que surge é a de sempre: e o ano que vem, como vai ser? “Então, é inútil dizer isso agora, de nada serve ter esperanças quando faltam tantíssimos meses. Todo mundo é muito otimista em novembro, sempre vamos fazer o carro definitivo, o carro total, e depois é a Red Bull que faz. Até os primeiros testes de janeiro ou fevereiro é preciso trabalhar, e falar menos”, esquivou-se Alonso.

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