Site da imigração canadense sai do ar após Trump superar Clinton na apuração
Aquilo de “Se Trump ganhar, me mudo para o Canadá” perdeu a graça
A noite eleitoral começou tão bem para Donald Trump que as redes sociais recuperaram uma brincadeira que está sendo cada vez mais levada a sério: a frase “se Trump ganhar, me mudo para o Canadá”. Tanto é que o site da imigração desse país caiu logo antes de 0h (horário de Brasília), momento aproximado em que o candidato republicano superou a democrata Hillary Clinton na apuração. Não está confirmado se isso ocorreu por causa dos acesos de norte-americanos querendo consultar os requisitos para se mudar para uma nação cujo primeiro-ministro, Justin Trudeau, é para muitos o completo oposto de Donald Trump.
Thinking about moving to Canada? Well, their website just crashed. pic.twitter.com/5WMObG9efq
— 23ABC News (@23ABCNews) November 9, 2016
Not joking: Canada's Immigration site just crashed. #Elections2016
— Peter Shankman (shankman.eth) (@petershankman) November 9, 2016
Não é brincadeira: o site da imigração do Canadá acaba de cair. #Eleições2016
Não parece provável uma fuga em massa dos Estados Unidos, e é muito possível que tudo seja consequência do nervosismo, mas no Twitter a brincadeira também foi recuperada ao longo da noite, inclusive por parte de partidários do candidato republicano: não são poucos os que torcem para que os simpatizantes de Clinton façam as malas. Tem gente que não sabe ganhar.
Feliz Dia Nacional de se Mudar para o Canadá, América. Estamos ansiosos por passear com vocês nos nossos renamóveis.
Todo mundo se muda para o Canadá desse jeito.
Amanhã pode ser um dia esquisito, com tudo mundo indo embora para o Canadá. Certamente o tráfego vai ser intenso.
Stop all this "moving to Canada" joking. Focus on defending those who'll be at greater risk of involuntarily leaving US now. #ElectionNight
— Derrick O’Keefe (@derrickokeefe) November 9, 2016
Chega de piadas com “se mudar para o Canadá”. Concentrem-se em defender quem está sob um risco maior de deixar os EUA involuntariamente.
O próprio Canadá tuitou algo que foi interpretado como um aceno a possíveis imigrantes que queiram fugir de Trump. A conta oficial do país dizia que “incentivamos os imigrantes a trazerem suas tradições culturais consigo e a compartilhá-las com seus concidadãos”. Sim, é uma mensagem muito genérica, que não fala concretamente dos norte-americanos, mas o momento da sua publicação acabou sendo muito oportuno, quase suspeito. Mais de 20.000 retuítes em apenas duas horas. E o prefeito de Montreal, Denis Coderre, tuitou que o departamento de atendimento aos imigrantes da cidade abrirá de forma excepcional depois das eleições.
In Canada, immigrants are encouraged to bring their cultural traditions with them and share them with their fellow citizens. pic.twitter.com/MOuStZbSX7
— Canada #StandWithUkraine🇺🇦 (@Canada) November 9, 2016
Veuillez prendre note: notre Bureau d'Intégration des Nouveaux Arrivants de Montréal sera ouvert exceptionnellement après vote Américain...
— DenisCoderre (@DenisCoderre) November 9, 2016
Já em março, um funcionário do Google relatou na sua conta do Twitter que o interesse por buscas relacionadas à migração para o Canadá havia tido um crescimento de 350% depois que Trump despontou como favorito nas primárias republicanas. A empresa confirmou que se tratava do maior pico de sua história. Ainda se pode observar esse aumento no gráfico das tendências do buscador, onde também se nota a recente recuperação do interesse pelo assunto.
Já naquela época, várias publicações explicaram como um norte-americano poderia se mudar para o país vizinho: Vogue, Vox, Mic, The Huffington Post e Mashable, que também recomendava outros destinos, como Nova Zelândia, Irlanda, Svalbard (Noruega) e Suécia.
Não é a primeira vez surgem ideias semelhantes. Já se dizia o mesmo com Bush, no ano 2000, com a diferença que naquela época os simpatizantes dos democratas queriam se mudar para Londres. O cineasta Robert Altman e o ator Alec Baldwin, entre outros, fizeram essa ameaça, sem cumpri-la. Quando se repetiu o ultimato em 2004, o escritor Tom Wolfe, próximo dos republicanos, se ofereceu a ir ao aeroporto para desejar boa viagem a todos os democratas que prometiam partir.
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