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Quem são os Piratas que podem vencer as eleições na Islândia?

Pesquisas apontam entre 20% e 22% de intenção de voto para o partido antissistema, que nas eleições de 2013 obteve um apoio de 5,1%

Membros do Pirata conversam com eleitores em Reikjavik.
Membros do Pirata conversam com eleitores em Reikjavik.B. T. HARDARSON (EFE)

Quem são os Piratas?

Os Piratas na Islândia são uma filial do Partido Pirata Internacional – com presença em 68 países– que surgiu em 2012, quatro anos depois do estouro da crise das instituições financeiras da ilha que deixou o país em um autêntico estado de falência.

Desde sua criação, a legenda roxa tem conseguido canalizar o descontentamento dos cidadãos em decorrência da crise de 2008. Em 2013, apenas poucos meses depois de sua estreia como partido político, obteve 5,1% dos votos. Neste sábado, as pesquisas apontam entre 20% e 22% para o movimento. Se essas pesquisas se confirmarem, os piratas passariam de três a 15 assentos em um Parlamento de 63 membros.

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Quais são os princípios do partido?

Os piratas, liderados por Birgitta Jonsdottir, nasceram para defender mais privacidade dos usuários na rede e para poder cobrar mais direitos –e acesso livre– frente às restrições que acarretam os direitos do autor na Internet. Além disso, são árduos defensores da transparência –especialmente nas contas públicas– e da democracia direta.

Em seu manifesto, o partido especifica que "irá assegurar que a riqueza gerada pelas fontes naturais da Islândia seja distribuída de uma maneira justa". E defende também um sistema de saúde gratuito para os quase 330.00 cidadãos do país.

Existem mais piratas no mundo?

Sim. Trata-se de uma plataforma internacional com presença em 68 países, incluindo a Espanha, dirigida pelo suíço Guillaume Saouli.

Os piratas têm chances reais de governar?

Sim. Segundo as últimas pesquisas, o partido antissistema seria a segunda força mais votada, atrás apenas dos Independentes, que atualmente são os parceiros minoritários da coalizão de centro-direita que governa a Islândia.

Na sexta-feira, o Partido Pirata se reuniu com outras forças da oposição –verdes, socialistas e os centristas do Futuro Brilhante– para juntar forças contra o establishment e formar um Governo alternativo.

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