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Freixo e Pedro Paulo polarizam o debate na TV Globo em busca do segundo turno do Rio

No último debate antes das eleições municipais no RJ, domina a briga por conquistar uma vaga no segundo turno para enfrentar Crivella

Marcelo Crivella debate com Pedro Paulo.
Marcelo Crivella debate com Pedro Paulo.Reprodução

No último enfrentamento na TV Globo antes o primeiro turno das eleições municipais 2016, os candidatos à Prefeitura do Rio de Janeiro participaram nesta quinta-feira de um debate organizado pela Globo no qual se repetiram as críticas ao PMDB, que governa a cidade, e os ataques a Marcelo Crivella (PRB), que lidera as pesquisas. Mas, principalmente, escancarou-se a briga entre Pedro Paulo (PMDB) e Marcelo Freixo (PSOL), empatados tecnicamente, por conquistar até o último voto para chegar no segundo turno. Também participaram do evento, Indio da Costa (PSD), Jandira Feghali (PC do B), Flavio Bolsonaro (PSC),  Carlos Osorio (PSDB) e Alessandro Molon (Rede Sustentabilidade).

Há mais de uma semana que o peemedebista associa Freixo com o “radicalismo” e a falta de diálogo, e no debate chegou até a atacá-lo por ter tido um assessor condenado por ter batido na sua ex-mulher. Freixo revidou com sarcasmo cada um dos ataques, lembrou o episódio de violência do rival com a ex-mulher, apontou as responsabilidades da Prefeitura pela queda da ciclovia Tim Maia, e criticou a gestão do PMDB na cidade. Em uma tentativa de chegar aos eleitores indecisos e de centro, o candidato do PSOL evitou os temas nacionais. Ao contrário de Jandira Feghali, em nenhum momento falou sobre “golpe” contra o Governo de Dilma Rousseff.

Enquanto isso, Crivella, apesar de atacado, beneficiou-se da atenção dedicada à rixa dos rivais. Mas também aproveitou suas intervenções para confrontar o PMDB e ironizar o rival Pedro Paulo.

Jandira apelou ao voto feminino, Carlos Osório à boa gestão, Indio à integração da tecnologia na administração, Alessandro Molon à transparência e Flavio Bolsonaro à segurança pública. Mas todos coincidiram em atacar o PMDB, na expetativa de tirar seu candidato, sua estrutura de campanha e seu tempo de televisão do segundo turno.

Leia aqui os comentários do EL PAÍS Brasil sobre o debate eleitoral do Rio de Janeiro.

O debate terminou, nos despedimos até o domingo. Acompanhe nossa cobertura sobre as eleições municipais em http://brasil.elpais.com/
Pedro Paulo pede o voto para continuar o projeto de cidade iniciado por Eduardo Paes. "Acredito que é possivel continuar no projeto de uma cidade melhor, investir na escola em tempo integral, investir em mobilidade, em segurança, ampliar o BRT".
Indio da Costa usa suas considerações finais para repassar seu currículo e afirma ser o único capaz de vencer Marcello Crivella, "o pior do que temos visto nesta eleição", no segundo turno
Osório complementa: "Conheço a cidade toda, conversei com a nossa gente, vi a diversidade, meninos e meninas com o pé no esgoto, salas de aula sem professsor... Nós temos resposta para isso: trabalho e gestão"
Osório faz suas considerações finais: "Se você não quer que o Rio seja dirigido pelo Garotinho ou pelo PT e seus parceiros, nós temos uma candidatura diferenciada. Queremos novidade, alternancia de poder é muito importante no Rio"
Crivella continua: "Em nome das tradições do povo carioca e dos nossos valores eu peço seu voto. Porque chegou a hora de cuidar as pessoas"
Crivella faz suas considerações finais: "Você sabe que um setor do PMDB misturou política com corrupção, enquanto você era esquecido na fila do hospital. Chegou a hora de a gente enfrentar isso. Eu já perdi 4 eleições mas não deisti eu sabia que o dia da nossa vitória ia chegar"
Freixo faz um apelo para seja levado ao segundo turno, uma chance, diz ele, "de fazer uma cidade mais ética". Agradece aos jovens de sua campanha e reafirma seu compromisso com a juventude e com um governo com paridade de gênero.
Jandira: "Sou médica. Conheço sua dor e sua angústia, e sei como resolvê-la. Nunca vou esconder meu lado. Nunca se investiu tanto em sua qualidade de vida como durante os governos Lula e Dilma".
Molon faz suas considerações finais: "Eu ajudei a derrubar Cunha e projeto de anistia a caixa 2. Agora quero fazer do Rio uma cidade segura, com saúde pra você, com mobilidade e geração de renda".
Osório afirma que aposta no saneamento urbano para recuperar empregos na construção civil
Freixo diz que ao saber seu homem de confiança tinha agredido uma mulher, exonerou do cargo. Ao contrário de Paes, que escolheu para ser candidato a prefeito, disse.
Paradoxos da vida, Pedro Paulo fala sobre homem de confiança de Freixo, Valdinei Medina da Silva, condenado pela lei Maria da Penha por bater na sua mulher.
"Não vamos estatizar a zona portuária, mas não vamos ter Eduardo Cunha cobrando propina", provoca Freixo.
Pedro Paulo x Freixo, parte 3. Pedro Paulo pergunta se Freixo vai interromper as obras da zona portuária.

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