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"Parabenizo meus jogadores por não criarem qualquer briga”

Torcedores insultaram jogadores em voo da delegação para Gijón

Nadia Tronchoni
Luis Enrique, em entrevista coletiva.
Luis Enrique, em entrevista coletiva.A. GARCÍA (EFE)

O Barcelona treinado por Luis Enrique e dotado da imaginação do trio de atacantes comandado por Messi, e magistralmente completado por Suárez e Neymar, soma 31 partidas sem perder, é líder do Campeonato Espanhol, com seis pontos de vantagem para o Atlético de Madri e sete para o Real Madrid. É uma equipe de recordes, que já garantiu vaga em sua primeira final no ano (em 21 de maio, contra o Sevilla, na Copa do Rei), que espera seguir avançando na Champions e que pede calma para que não haja um exagero no otimismo, tendo em vista a velocidade de cruzeiro que alcançou na competição nacional.

Técnico poupa Piqué

N. T., Barcelona

Ante o volume de partidas que o Barcelona tem de jogar, o técnico administra os minutos que seus jogadores acumulam para que o plantel chegue em boas condições à reta final do Espanhol. As famosas rotações de Luis Enrique deixarão de fora nesse fim de semana o zagueiro Gerard Piqué, que não foi relacionado pelo técnico. Também não estarão em Las Palmas Sergio Busquets, que cumpre uma partida de suspensão por cartões amarelos, assim como outros três jogadores descartados: Adriano, Douglas e Masip.

Claro que se existe euforia não é, de forma alguma, no vestiário azul-grená, que sabe que para conquistar títulos é preciso ir passo a passo, como garantiu o treinador da equipe, Luis Enrique, antes de viajar a Las Palmas, nas Canárias, no sábado: “Se eu visse euforia ou algo descontrolado em nossos treinamentos estaria preocupado, mas nada disso acontece. Vejo jogadores conscientes, não vejo nenhum sintoma de alerta nem qualquer sinal que me preocupe. Somos conscientes e realistas da dificuldade que existe para se ganhar e continuar ganhando”, disse. E acrescentou: “Temos que continuar competindo da mesma maneira que até agora. Nem os jogadores nem a comissão técnica pensam que o Espanhol, nem de longe, está ganho. Somos muito cautelosos. Vamos falhar, nos três que brigamos pelo campeonato vamos falhar, e vamos ver em que ordem vão acontecendo essas falhas. Até que alguém seja matematicamente campeão, ninguém vai se dar por vencido”.

O treinador não se preocupa com o calendário além do necessário –“Se alguém demonstrou que a cada três dias é capaz de competir independentemente da competição, fomos nós”, disse–, mas tem consciência de que faltam muitas partidas para o Barcelona longe do Camp Nou contra equipes que lutam pela sobrevivência, como o Las Palmas, seu próximo rival: “É uma equipe complicada, que é capaz de se juntar bem e que vai nos obrigar a correr atrás da bola. Vamos ter que pressionar bem, porque vai haver momentos em que será complicado termos a bola”.

Perguntado sobre o incidente na última viagem da equipe, a Gijón, quando alguns sócios repreenderam os jogadores no avião, Luis Enrique disse não ter notado a confusão: “Eu fico na fila número um, ouvi barulhos, mas achei que eram gritos favoráveis à equipe. Parabenizo meus jogadores por não entrarem nessas provocações e não criarem qualquer briga”. Foi muito mais breve, no entanto, quando perguntado sobre as últimas declarações de Rafa Benítez sobre o Real Madrid e sobre se este Barça é a equipe de Messi: “Há opiniões para todos os gostos”.

Parabenizo meus jogadores por não entrarem nessas provocações dos sócios Luis Enrique, técnico do Barcelona

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