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Qatar Airways bate o pé e obriga Barcelona a renegociar patrocínio

Clube não discutirá patrocínio em reunião após fracasso na tentativa de melhorar acordo

Neymar comemora gol contra o Rayo, no Camp Nou.
Neymar comemora gol contra o Rayo, no Camp Nou.JOSEP LAGO (AFP)

O Barcelona não conseguiu estender o contrato de patrocínio com a Qatar Airways. Nem mesmo a viagem-relâmpago do presidente do Barça, Josep Maria Bartomeu, que na terça-feira foi a Doha, destravou as negociações iniciadas recentemente pelo vice-presidente Manuel Arroyo. Ambas as partes se deram um novo prazo para discutir o contrato que termina em 2016.

A direção do Barça, que se reuniu na quinta-feira em sessão extraordinária, decidiu adiar a decisão "que deverá permitir a assinatura de um novo contrato de patrocínio principal do clube", e que teria de ser votada inicialmente na assembleia de sócios que será realizada no próximo domingo, no Palácio de Congressos de Barcelona. O conselho decidiu se dar mais tempo para fechar "o melhor acordo possível" e, em seguida, quando for concretizado, convocará uma nova assembleia extraordinária, conforme previsto nos Estatutos do time.

O patrocinador não apenas respondeu negativamente como também expressou contrariedade por entender que o Barça tentou fazer pressão ao divulgar que tinha outras ofertas
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O clube azul-grená queria melhorar a oferta de cerca de 60 milhões de euros por ano (cerca de 259 milhões de reais) que havia sido fechada pelo ex-vice-presidente Javier Faus, antes da reeleição de Bartomeu em julho deste ano. Embora a proposta fosse o dobro do patrocínio atual, de 33,5 milhões de euros (144,6 milhões de reais), o Barça oferecia mais ativos para aumentar a cifra inicialmente fechada pela Qatar Airways. A ambição do Barcelona enfureceu os representantes da companhia área.

O patrocinador não apenas respondeu negativamente, como também expressou contrariedade por entender que o Barça tentou fazer pressão ao divulgar que tinha outras ofertas, algumas globais e outras internas, para patrocinar, por exemplo, a camisa de treino da equipe do Barcelona.

Neste momento, não está descartado que o Barcelona possa negociar com uma empresa que não seja a Qatar, alternativa que até segunda-feira não era considerada, especialmente após a campanha publicitária e de informação que havia sido iniciada para favorecer a continuidade do atual acordo, que poderia ser ainda maior do que o do Manchester United. O plano do Barça era de que a camiseta azul-grená recebesse um patrocínio maior para justificar um acordo que não é aprovado por alguns sócios, como foi demonstrado na última assembleia.

A Nike jogou a favor do Barça. Embora a empresa precisasse saber o nome do patrocinador nos próximos dias para preparar os novos kits de uniforme, a Nike concedeu mais tempo para que o Barça continue sua tentativa de obter o melhor acordo a partir de 2016.

O acordo com a Qatar Airways sempre foi uma questão difícil para a diretoria do clube, como foi constatado na campanha eleitoral, quando Bartomeu insistiu que iria buscar alternativas para melhorar a oferta atual. Alguns sócios já haviam manifestado sua intenção de apresentar uma queixa na reunião de sábado. Com isso, o conselho tem uma margem para encontrar uma solução e uma melhor oferta, imprescindíveis para equilibrar números que serão controlados por uma nova comissão econômica, presidida por Carles Tusquets —substituto de Ramon Adell— e que causou a renúncia de Jaume Guardiola, diretor-presidente do Banc de Sabadell.

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