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Papa pede que cada paróquia acolha uma família de refugiados

“É preciso lhes dar esperança concreta. Não se pode dizer: ‘Ânimo, paciência’”, diz Francisco

O papa Francisco, durante o Ângelus neste domingo.
O papa Francisco, durante o Ângelus neste domingo.FILIPPO MONTEFORTE (AFP)

O papa Francisco fez um apelo “às paróquias, às comunidades religiosas, aos monastérios e aos santuários de toda a Europa” para que cada um deles acolha pelo menos “uma família de refugiados”. Durante a oração do Ângelus na praça de São Pedro, no Vaticano, Jorge Mario Bergoglio anunciou que as duas paróquias do próprio Vaticano oferecerão refúgio a duas famílias nos próximos dias.

Mais do que um pedido, as palavras do Papa contêm uma ordem: “Dirijo-me aos irmãos bispos da Europa, verdadeiros pastores, para que em suas dioceses atendam ao meu apelo, recordando que a Misericórdia é o segundo nome do Amor”. Bergoglio citou uma passagem do Evangelho de Mateus: “Quando fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes”.

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Francisco alertou aos católicos que, “frente à tragédia de dezenas de milhares que fogem da guerra e da fome”, o Evangelho os chama a atender aos mais humildes e abandonados. “É preciso lhes dar uma esperança concreta”, afirmou. “Não se pode apenas lhes dizer: ‘Ânimo, paciência…!’. A esperança é combativa, com a tenacidade de quem se dirige a uma meta segura.”

Jorge Mario Bergoglio também quis mencionar, em espanhol, a atual situação de conflito entre a Venezuela e Colômbia. “Nos últimos dias, os bispos da Venezuela e da Colômbia se reuniram para examinar juntos a dolorosa situação que se criou na fronteira entre ambos os países. Vejo nesse encontro um claro sinal de esperança. Convido a todos, em particular aos amado povos venezuelano e colombiano, a orar para que, com um espírito de solidariedade e fraternidade, as atuais dificuldades possam ser superadas.”

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