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Procurador pede para arquivar investigações contra Dilma e Aécio

Detalhes sobre os pedidos feitos por Rodrigo Janot não foram informados oficialmente

Rousseff em reunião com aliados no Palácio do Planalto no dia 4.
Rousseff em reunião com aliados no Palácio do Planalto no dia 4.EVARISTO SA (AFP)

A presidenta Dilma Rousseff (PT) e um dos principais líderes da oposição ao Governo dela, o senador Aécio Neves (PSDB), foram citados na operação Lava Jato, mas possivelmente não serão investigados. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu o arquivamento da apuração contra ambos. Mas ainda cabe ao ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF) decidir se eles serão investigados ou não.

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O teor do pedido do arquivamento não havia sido revelado oficialmente até a manhã desta quinta-feira. A justificativa da Procuradoria Geral da República e do STF é que o processo ainda tramita sob sigilo. O jornal O Estado de S. Paulo informou na sua edição de quinta-feira que o pedido de arquivamento da investigação contra Rousseff era de que a Constituição não permite que o chefe do Executivo seja investigado por atos que não tenham relação direta com o seu cargo. Como a presidenta assumiu o cargo em 2011 e o foco da investigação é anterior a isso, a petista fora poupada por Janot.

No caso de Neves, que perdeu a última eleição presidencial par Rousseff, não há detalhes. No ano passado, a revista Veja revelou que o doleiro Alberto Youssef, um dos operadores da propina paga a aos políticos no escândalo da Petrobras, citou Rousseff e Neves em seus depoimentos. Com relação à petista, Youssef afirmou que tanto ela quanto seu antecessor e padrinho político, Luiz Inácio Lula da Silva, sabiam do esquema ilegal na petroleira. Já sobre Neves, o delator disse que ele teria influência sobre negócios da estatal Furnas.

O Palácio do Planalto não se manifestou sobre o assunto. Já Neves afirmou à Folha de S. Paulo que o Governo tenta envolver a oposição no escândalo que é protagonista.

Outro arquivamento solicitado foi contra o ex-deputado e ex-presidente da Câmara Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Ano passado, em uma das dezenas de vazamentos seletivos de informação sobre a operação Lava Jato, o nome de Alves também tinha sido citado.

A lista maldita

Na noite da terça-feira passada, o procurador Janot entregou uma lista com 28 pedidos de abertura de inquéritos contra 54 políticos e solicitou sete arquivamentos. Entre os possíveis investigados estão os presidentes das duas Casas do Congresso Nacional, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), além dos senadores Ciro Nogueira (PP-PI), Gleisi Hoffman (PT-PR), Fernando Collor (PTB-AL) e Valdir Raupp (PMDB-RR) e do deputado Nelson Meurer (PP-PR).

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