Vinte ucranianos morrem em bombardeio contra Mariupol
Segunda principal cidade do leste do país era considerada um lugar relativamente seguro
Ao menos 20 pessoas morreram e outras 86 ficaram feridas depois de um bombardeio contra a cidade de Mariupol, no leste da Ucrânia, segundo o ministério do Interior ucraniano. O secretário do Conselho de Segurança Nacional e Defesa (CSND) da Ucrânia, Alexandr Tuchínov, culpou os "militares russos e milicianos, completamente controlados por eles" pelo ataque. Ao mesmo tempo, descartou que a cidade, com cerca de meio milhão de habitantes, corra o risco de ser invadida pelos separatistas.
"A cidade de Mariupol conta com uma defesa segura de nosso exército contra as ofensivas do agressor", afirmou um comunicado de Turchínov publicado no site da CSND. As granadas foram atiradas, na manhã deste sábado, em ao menos três bairros residenciais da cidade, onde carros pegaram fogos e vários imóveis ficaram danificados, inclusive uma loja de comida. Até agora, o porto de Mariupol, às margens do Mar de Azov, havia ficado praticamente ileso dos estragos do conflito armado que eclodiu no verão do ano passado no leste da Ucrânia, exceto por alguns incidentes isolados.
Os separatistas da auto-proclamada República Popular de Donetsk (RPD) negaram que estivessem por trás do ataque e responsabilizaram as forças ucranianas pela tragédia. "O bombardeio contra zonas residenciais de Mariupol é uma provocação. O exército da RPD não disparou com sua artilharia nessa direção neste sábado", afirmou um porta-voz das milícias rebeldes à agência de notícias russa Interfax.
O líder da RPD, Alexandr Zajárchenko, que anunciou na sexta-feira o início de uma ofensiva ampla contra as forças de Kiev até conquistar toda a região, descartou, no entanto, que Mariupol seja no momento um objetivo prioritário para os rebeldes. Ao fim da trégua entre os dois lados que se enfrentam desde 9 de dezembro, as hostilidades continuam nas regiões ucranianas de Donetsk e Lugansk, revoltadas com Kiev depois da queda, em fevereiro do ano passado, do ex-presidente Víktor Yanukóvich. O conflito entre Kiev e os separatistas passa por uma escalada sem precedentes desde a assinatura dos acordos de Minsk, em setembro, com o agravante da morte, há dois dias, de pelo menos oito civis graças a um bombardeio a um ponto de transporte público em Donetsk.
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