Zara limita as compras na Venezuela a cinco itens por mês
Empresa que administra a marca no país quer evitar o desabastecimento
Os clientes da Zara na Venezuela só podem comprar cinco peças de vestuário por mês. A imprensa venezuelana divulga neste fim de semana o racionamento imposto pela empresa que administra (como franquia) as marcas da espanhola Inditex no país. As lojas do grupo querem assim racionar suas mercadorias, diante da enxurrada de compradores ocorrida depois da escassez de estoque dos últimos meses, provocada pelas dificuldades das empresas estrangeiras para repor os produtos na Venezuela.
As redes sociais ficaram repletas de fotografias mostrando longas filas às portas de lojas da Zara em centros comerciais de Caracas. Para controlar que cada cliente só compre cinco itens, as lojas, segundo o jornal La República, exigem que os clientes se registrem. Depois que seus dados são anotados, o cliente recebe um número para poder entrar nos estabelecimentos. Sua compra ficará registrada em seu nome e ele não poderá voltar a comprar em um mês.
A empresa definiu até mesmo que tipo de compras cada cliente pode fazer: o limite é de cinco peças de roupa por pessoa, mas só três podem ser superiores. Por exemplo, é possível comprar três camisas, jaquetas ou blusas e duas calças ou saias.
Vários meios de comunicação assinalam que a ordem do Governo venezuelano de vender produtos “a preços justos” no início da temporada de fim de ano está afetando as lojas e, diante da possibilidade de que voltem a faltar mercadorias, os consumidores pretendiam adiantar suas compras natalinas, o que levou a empresa que comercializa os produtos Zara a impor esse limite. Como assinala o site Venezuela al Día, os preços cobrados pela rede na Venezuela são baixos, porque a mercadoria foi adquirida pelo dólar preferencial.
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