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Ataque suicida no Paquistão deixa pelo menos 48 mortos e 50 feridos

Jovem detonou cinturão de explosivos em meio a turistas na fronteira com a Índia

Islamabad -
Familiares dos falecidos reconhecem os corpos em Wagah.
Familiares dos falecidos reconhecem os corpos em Wagah.Arif Ali (AFP)

Pelo menos 48 pessoas morreram – 45 civis e três militares – e 50 ficaram feridas em um ataque suicida na fronteira entre Paquistão e Índia no domingo, informou à EFE uma fonte oficial.

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O ataque ocorreu às 18h15, hora local (11h15 em Brasília), no posto fronteiriço paquistanês de Wagah, pouco depois de uma cerimônia de arriamento da bandeira, ato que os dois países realizam há décadas e que é muito popular entre os turistas, explicou o porta-voz da polícia paquistanesa, Bilal Lal.

O suicida, um jovem de cerca de 20 anos, detonou os explosivos em meio ao público que se dirigia ao estacionamento após o fim da cerimônia, explicou Lal. Segundo o porta-voz, é provável que o número de mortos aumente por causa da gravidade de vários dos feridos, que foram levados ao Hospital Ghurki. As televisões locais mostraram imagens de lojas e edifícios destruídos pela explosão.

No posto fronteiriço de Wagah, próximo à cidade paquistanesa de Lahore e à cidade indiana de Amritsar, é celebrada diariamente uma cerimônia militar que recorda a rivalidade de ambos os países para deleite de turistas locais e estrangeiros.

O primeiro-ministro paquistanês, Nawaz Sharif, ofereceu suas condolências aos familiares dos falecidos, de acordo com a Radio Pakistan.

O Paquistão sofre as consequências de uma insurgência talibã e terrorista que causou a morte de 2.500 pessoas em 1.700 ataques no ano passado.

O Exército paquistanês lançou em 15 de junho uma ofensiva militar na região tribal do Waziristão do Norte, onde mobilizou 30.000 soldados para tentar acabar com os grupos insurgentes escondidos na região. Ao todo 1.100 insurgentes e 90 soldados morreram na operação.

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