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A ONU se une para impedir o fluxo de jihadistas para a Síria e o Iraque

O Conselho de Segurança adota uma resolução para julgar quem luta com os terroristas

Marc Bassets
Obama fala na reunião do Conselho de Segurança da ONU.
Obama fala na reunião do Conselho de Segurança da ONU.J. L. (EFE)

O mundo se uniu nesta quarta-feira contra o Estado Islâmico e outros grupos que combatem na Síria e no Iraque. O Conselho de Segurança – máximo órgão de decisão da ONU – adotou por unanimidade uma resolução que obriga os países a adotar leis que permitam perseguir na justiça cidadãos que viajam ao exterior para lutar com grupos terroristas e a quem ajudá-los.

A resolução é mais nova peça na arquitetura que o governo de Barack Obama criou para enfrentar uma ameaça nova: o Estado Islâmico, um grupo jihadista sunita que até há poucos meses não aparecia nos cálculos de Washington e neste verão modificou os planos do presidente norte-americano e da comunidade internacional.

A resolução recebeu 15 votos a favor e nenhum contra. Obama presidiu a sessão. Foi a segunda vez que um presidente norte-americano cumpriu esse papel, coincidindo com que corresponde aos Estados Unidos, por turno, a presidência do Conselho de Segurança. A primeira vez foi pelo próprio Obama em 2009.

A resolução 2178 exige que os países da ONU impeçam que suspeitos de lutar com grupos terroristas entrem ou cruzem seu território. Também pede que informações sobre listas de suspeitos e investigações criminais sejam compartilhadas.

Cerca de 15.000 combatentes estrangeiros procedentes de 80 países – uma espécie de brigada internacional islâmica – estão lutando atualmente na Síria e no Iraque, segundo cálculos dos serviços de espionagem dos EUA. Destes, ao menos 2.000 são europeus.

Embora a resolução seja vinculante, não será fácil assegurar seu cumprimento. Mas representa um sinal político a países fronteiriços com a zona de conflito que não impedem a livre circulação de voluntários.

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