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A OMS eleva o número de mortos pelo ebola para 1.229 pessoas

A organização está otimista a respeito da epidemia na Nigéria: não ocorreram mais casos Os 17 pacientes suspeitos de portar o vírus que fugiram do hospital foram localizados na Libéria

Elena G. Sevillano
Uma voluntária participa durante um programa de cuidados médicos gratuito para a comunidade em Ebughu, Akwa Ibom, Nigéria.
Uma voluntária participa durante um programa de cuidados médicos gratuito para a comunidade em Ebughu, Akwa Ibom, Nigéria.EFE

A epidemia de ebola continua elevando o número de mortos pela enfermidade. A Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou nesta terça de que já são 1.229 as mortes confirmadas e 2.240 o número de casos nos quatro países mais assolados pelo ebola: Guiné, Serra Leoa, Libéria e Nigéria. A própria OMS declarou quinta-feira passada que a comunidade internacional "estava subvalorizando" a magnitude do surto atual. Naquele momento os mortos eram 1.145; cinco dias depois – na realidade, três, já que a recontagem é de sábado – já são mais 84.

A progressão do contágio na Libéria, com 53 mortes e 48 casos novos nesses três dias, é o que mais alarma. Em contrapartida, a situação na Nigéria é “tranquilizadora”, segundo assegurou a OMS em um comunicado esta tarde. A maior cidade do país, Lagos, foi a primeira a receber o que se conhece como um caso “importado”, em julho. “No momento, os 12 casos confirmados na cidade fazem parte de uma mesma cadeia de transmissão”, disse a organização.

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Para o virologista do CBN-CSIC Luis Enjuanes o dado é “positivo”. “Contabilizaram somente 12 casos confirmados na cidade, fizeram o acompanhamento e viram que, passados 21 dias, o período máximo de incubação, não ocorreram novos casos, o que é uma boa notícia”, acrescenta. “Se o primeiro infectado tivesse contaminado outras pessoas, passados 21 dias, já teríamos que saber”, continua. A OMS também ofereceu nova informação sobre a Guiné, o país no qual o surto apareceu em dezembro. “A situação ali é muito mais preocupante. A organização assegura que não tem a epidemia sob controle e que na semana passada apareceu um novo caso em uma área que até então não estava afetada”, diz Enjuanes.

A OMS pediu que sejam aplicadas “medidas extraordinárias” para deter a epidemia e anunciou que está coordenando “um aumento massivo da resposta internacional”. A organização separou também por país os dados das mortes até essa data. A Libéria é o que tem mais vítimas mortais (466), seguida pela Guiné (394) e Serra Leoa (365).

As tentativas das autoridades dos diferentes Estados para conter o surto deixaram em quarentena e praticamente isolados “por volta de um milhão de pessoas”. A OMS informou que colabora com o Programa Mundial de Alimentos para que essa população receba provisões. “Para impedir a transmissão do vírus é crucial, é essencial que as pessoas dessas zonas tenham acesso a comida, água, bens sanitários e outras provisões básicas”, advertiu.

Precisamente nesta terça, 19 de agosto, celebra-se o Dia Mundial da Assistência Humanitária e a OMS aproveitou para recordar e denunciar os ataques sistemáticos contra trabalhadores da saúde, hospitais, dispensários e ambulâncias.

Por outro lado, as autoridades da Libéria localizaram nesta terça os 17 pacientes suspeitos de portar o vírus do ebola que escaparam no fim de semana do hospital de Monróvia onde estavam em quarentena, segundo informou o ministro de Informação, Lewis Brown, citado pela agência EFE. “Nos alegra confirmar que os 17 indivíduos foram localizados e levados ao centro de tratamento especializado JFK Ebola”, disse.

O ministro também confirmou que três médicos africanos que haviam contraído o ebola e receberam o medicamento experimental ZMapp estão mostrando “sinais significativos de melhora”, segundo os doutores responsáveis por seu tratamento.

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