A comunidade judia na Espanha se rebela contra novos casos de antissemitismo
Cerca de 18.000 mensagens no Twitter pregavam a intolerância contra os judeus após vitória de time de Israel contra o Real Madrid na liga europeia de basquete Cinco tuiteiros foram denunciados para a promotoria pelo crime
A comunidade judaica na Catalunha se rebelou contra as amostra de antisemitismo que tomaram as redes sociais depois da vitória do Maccabi de Tel Aviv na Euroliga de basquete. Finalizada a partida e derrotado o Real Madrid, quase 18.000 mensagens no Twitter carregaram, de uma ou outra forma, preconceito contra os judeus, segundo as associações, que apresentarão uma denúncia ante a promotoria. A denúncia, conforme fontes da comunidade hebraica, reuniu os tuítes de cinco usuários que, com nome e sobrenomes, incitaram ao ódio contra os judeus.
“Identificamos cinco pessoas. A maioria das outras de mensagens amparam-se no anonimato”, detalha o presidente de Bet Shalom, Jai Anguita. Junto a esta comunidade subscrevem a denúncia a Comunidade Israelita de Barcelona; a Comunidade Judia Atid da Catalunha, a Associação Catalã de Amigos de Israel ou a Associação catalã contra o antissemitismo, entre outras. “Sou um firme defensor da liberdade de expressão, mas tem que ter um limite. Podemos pensar que são comentários feitos desde a efervescência de uma derrota, quase piadas... Mas os processos históricos nos ensinam aonde podem nos levar essas piadas”, reflete Anguita.
A denúncia dirige-se explicitamente contra cinco usuários do Twitter, embora também cite de forma genérica as quase 18.000 mensagens disseminadas na rede social, da Espanha, nos últimos dias; especialmente, no último domingo pela noite. A comunidade judia encontrou boa parte delas através do hashtag “putos judeus”, criado depois do final da Euroliga de basquete.
A comunidade judaica encaminhou sua denúncia ao promotor especializado em delitos de ódio e discriminação de Barcelona, Miguel Ángel Aguilar, que deverá decidir os rumos da investigação. “Sabemos que, com a jurisprudência atual, não é fácil, mas há comentários que estão verdadeiramente passando dos limites; alguns falam de levar os judeus à câmara de gás”, acrescenta Anguita. “Não podemos deixar que a bola de neve cresça, há que parar a sensação de que é permitido incitar o ódio”.
O presidente de Bet Shalom desvincula a ação da comunidade judia da polêmica gerada, também no Twitter, pelo assassinato da presidenta da autoridade regional de León, Isabel Carrasco. “O tema para nós já vinha de antes. O Twitter não pode proteger os delinquentes. Estamos vendo como o discurso do ódio ressuscita na sociedade”, valoriza Anguita.
Além das entidades citadas, também apoiam a denúncia Bna'i B'rith Barcelona, a Associação de Relações Culturais Catalunha-Israel, o coletivo Israel em Catalunha, a associação cultural Sabadell-Israel, a Fundação Baruch Spinoza e a Liga Internacional contra o Racismo e o Antissemitismo.
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