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Dilma cai nas pesquisas, mas adversários não sobem

Cinco em cada dez eleitores não têm preferência por nenhum partido político, segundo os levantamentos

Carla Jiménez
A presidenta Dilma Rousseff, em imagem de arquivo.
A presidenta Dilma Rousseff, em imagem de arquivo.EFE

O favoritismo de Dilma Rousseff para as eleições deste ano está balançando, segundo as pesquisas eleitorais mais recentes. Depois que o instituto Ibope apontou no dia 27 de março que a presidenta havia caído de 43% para 36% na preferência do eleitor, neste final de semana o instituto Datafolha confirmou o quadro de rejeição ao seu nome. O Datafolha apontou queda de seis pontos, saindo de 44% em fevereiro, para 38% neste início de abril.

O pessimismo na economia, com inflação persistente e a sinalização do aumento de tributos para a conta de luz, por exemplo, podem explicar a perda de confiança numa eventual reeleição de Rousseff.

Seus adversários, por outro lado, não saem do lugar, mantendo praticamente a mesma margem de preferência ao longo da corrida eleitoral. Aécio Neves, do PSDB, tem 16%, mesmo porcentual de fevereiro, e Eduardo Campos (PSB) tem 10%, um ponto a mais do que no mês passado, o que não levaria a votação para um segundo turno.

Apenas quando Marina Silva (partido Rede), é colocada como opção para os entrevistados, a eleição iria a um segundo turno: Marina teria 27% das preferências, quatro pontos a mais do que na pesquisa anterior.

Inflação

Um dado perigoso apontado pela pesquisa Datafolha é sobre a expectativa de que a inflação subirá. Das 2.637 pessoas, de 162 cidades, ouvidas pelo instituto, 65% consideram que os preços vão subir. Esse porcentual era de 59% em fevereiro.

Para um país traumatizado com a inflação até a estabilidade da moeda em 1994, a falta de controle nessa seara é um dado grave, pois corrói os ganhos salariais e obriga o Banco Central a aumentar ainda mais as taxas de juros para regular o ímpeto consumista dos brasileiros, e assim diminuir a pressão sobre os preços. Na última quarta-feira o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa Selic para 11%.

Apesar dos cenários eventuais, uma pesquisa Ibope mostrava que cinco em cada dez brasileiros não nutria simpatia por nenhum partido. Em março, o levantamento Ibope mostrava que 22% dos brasileiros revelavam inclinação pelo PT, 6% pelo PMDB e 5% pelo PSDB.

No próximo dia 14, o PSB lançará oficialmente a chapa Campos/Marina, e sua força começará ser mensurada. Marina, porém, deve assumir a vaga de vice na chapa. Campos deixou o cargo de governador de Pernambuco nesta sexta-feira para se dedicar à campanha eleitoral.

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