Pular para o conteúdo
_
_
_
_
Coluna
Artigos de opinião escritos ao estilo de seu autor. Estes textos se devem basear em fatos verificados e devem ser respeitosos para com as pessoas, embora suas ações se possam criticar. Todos os artigos de opinião escritos por indivíduos exteriores à equipe do EL PAÍS devem apresentar, junto com o nome do autor (independentemente do seu maior ou menor reconhecimento), um rodapé indicando o seu cargo, título académico, filiação política (caso exista) e ocupação principal, ou a ocupação relacionada com o tópico em questão

Quando o nazismo deixa de meter medo e vira ‘camp’

Fantasiamos com Auschwitz porque já não é mais um lugar, e sim a ideia contemporânea de inferno na cultura ocidental

Cast member Al Pacino poses at a premiere for the television series "Hunters" in Los Angeles, California, U.S., February 19, 2020. REUTERS/Mario Anzuoni
Sergio del Molino

Abusamos do nazismo e da invocação dos espectros de Auschwitz, tanto no debate público como nas ficções. Mike Godwin patenteou a lei retórica (e irônica, embora muitos levem ao pé da letra) que leva seu nome, segundo a qual quanto mais se prolonga uma discussão política, mais provável é que alguém mencione a palavra nazista. Na ficção, como em Hunters, nova série da

Registre-se grátis para continuar lendo

Obrigado por ler o EL PAÍS
Ou assine para ler de forma ilimitada

_

ck-dtm="">Amazon Prime Vídeo com Al Pacino, esta banalização se expressa mediante o camp, ou seja, como uma caricatura gritalhona e inofensiva.

Os protestos contínuos do Memorial de Auschwitz, que condena todas as ficções que não se atêm à verdade histórica (e a instituição tem bastante trabalho com Hunters no momento), se somam à zombaria de quem considera, como Godwin, que chamar adversários ideológicos de nazistas é um excesso retórico que inviabiliza qualquer argumento. E eles têm razão.

O nazismo e Auschwitz estão banalizados, mas não por falta de consciência, nem por causa dos preocupantíssimos surtos antissemitas, nem dos negacionistas que ciscam na extrema direita, e sim justamente pelo contrário: apelamos ao nazismo porque é nosso horizonte moral e o espaço ideológico do qual queremos fugir a todo custo, e fantasiamos com Auschwitz porque já não é mais um lugar, e sim a ideia contemporânea de inferno na cultura ocidental.

Tu suscripción se está usando en otro dispositivo

¿Quieres añadir otro usuario a tu suscripción?

Si continúas leyendo en este dispositivo, no se podrá leer en el otro.

¿Por qué estás viendo esto?

Flecha

Tu suscripción se está usando en otro dispositivo y solo puedes acceder a EL PAÍS desde un dispositivo a la vez.

Si quieres compartir tu cuenta, cambia tu suscripción a la modalidad Premium, así podrás añadir otro usuario. Cada uno accederá con su propia cuenta de email, lo que os permitirá personalizar vuestra experiencia en EL PAÍS.

¿Tienes una suscripción de empresa? Accede aquí para contratar más cuentas.

En el caso de no saber quién está usando tu cuenta, te recomendamos cambiar tu contraseña aquí.

Si decides continuar compartiendo tu cuenta, este mensaje se mostrará en tu dispositivo y en el de la otra persona que está usando tu cuenta de forma indefinida, afectando a tu experiencia de lectura. Puedes consultar aquí los términos y condiciones de la suscripción digital.

Mais informações

Arquivado Em

_
_