
"A gente tem mais medo é de pegar coronavírus e levar para casa"
9 fotosNo primeiro dia da volta do comércio de rua em São Paulo, regiões da cidade registraram movimentação e até aglomeração. No interior do Estado, cidades tiveram que recuar na retomada econômica
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1Michelle de Jesus Inácio, 22, é vendedora em uma loja da rua Teodoro Sampaio, tradicional via de comércio do bairro de Pinheiros, zona nobre de São Paulo. No primeiro dia de reabertura das lojas desde o início da quarentena, em março, a vendedora observou mais gente em busca de novas roupas para o inverno do que de presentes para o Dia dos Namorados. "Mais do que pegar coronavírus, a gente tem mais medo é de pegar e levar para casa", diz ela. Raoni Madalena -
2Na reabertura, as lojas estão funcionando com horário restrito. Na rua Teodoro Sampaio, tradicional via de comércio, a maioria dos transeuntes usava máscaras. Raoni Madalena -
3Em algumas lojas, a temperatura dos clientes era medida, como na imagem. Febre baixa é um dos sintomas da covid-19. Em outras, havia controle para a entrada de clientes para tentar evitar aglomerações. Raoni Madalena -
4A ordem da Prefeitura de São Paulo é que a 92% da frota de ônibus da cidade esteja em circulação para evitar aglomerações. Na região de Pinheiros, na tarde desta quarta-feira, ônibus circulavam com passageiros apenas sentados, obedecendo o novo protocolo. Raoni Madalena -
5A reabertura do comércio em São Paulo no momento em que os contágios pela doença seguem crescendo na cidade, apenas em velocidade mais baixa do que no começo de maio, é criticada por médicos sanitaristas e infectologistas. Raoni Madalena -
6Na rua 25 de Março, um polo de comércio no centro da cidade que também abastece o interior de São Paulo e até outros Estados, o dia foi movimentado. Na foto, a Ladeira Porto Geral. Camila Svenson -
7Na região de Ribeirão Preto, o Governo Doria teve de recuar e voltar a fechar o comércio após uma semana aberto. Sérgio Zanetta, médico sanitarista e professor de Saúde Pública do Centro Universitário São Camilo-SP, critica a 'quarentena ioiô': "Não estamos lidando com uma torneira que você simplesmente abre e fecha. O grande problema é perder credibilidade. As pessoas ficam cada vez mais confusas". Camila Svenson -
8Os vendedores ambulantes também voltaram às ruas. Dados da Prefeitura de São Paulo mostram que é a periferia da cidade que concentra o maior número de mortos pelo novo coronavírus. Camila Svenson -
9Compradores na região da 25 de Março. São Paulo passa dos 86.000 infectados pela covid-19 e acumula mais de 5.000 óbitos notificados em decorrência da doença —a cidade ainda investiga outras 4.642 mortes suspeitas de terem sido provocadas pelo coronavírus. Camila Svenson