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Cenas explícitas do que os estudantes realmente fazem na universidade pública

Comunidade acadêmica vai às redes protestar contra os cortes do Governo e ironiza a visão de que há apenas "balbúrdia" nas instituições do Estado. Campanha lança hashtag

Matrícula de calouros aprovados na Fuvest em 2018.
Matrícula de calouros aprovados na Fuvest em 2018.Divulgação (Comunicação FFLCH-USP)

Foi preciso apenas uma publicação nas redes sociais de estudantes fazendo protesto pelados, no que aparenta ser uma universidade pública, que o estrago estava feito. O tuíte do deputado José Medeiros, vice-líder do Podemos na Câmara, no Dia do Trabalho, tinha como objetivo justificar seu apoio aos cortes de verbas no ensino superior, mas viralizou. "Ministro vamos gastar dinheiro com instituições que quiserem produzir conhecimento, nada de permitir quem não quer estudar fique usando a universidade para 'fusaca", afirmava na publicação.

Recebeu defesas apaixonadas. "Exato! Chega de balbúrdia. Universidade é pra quem quer estudar", afirmou uma internauta. "Cultura de pornografia e matemática zero", disse outro. "Isso tem que acabar! O nosso dinheiro está sendo gasto, sem necessidade nenhuma! Qual o retorno para a sociedade que essas pessoas trarão? Eles que vão pagar para fazerem essas coisas! Será que em faculdades particulares os alunos fazem isso? Acho que não!", disse outra.

Pouco importa o contexto das fotos  uma manifestação de cerca de 100 alunos da Universidade de Brasília (UNB), em outubro de 2009, em apoio a então estudante Geisy Arruda, que quase foi expulsa pela Uniban por usar um vestido curto. As imagens foram consideradas provas da "balbúrdia" que tomou conta das universidades. Mas será que é isso mesmo o que se vê no dia a dia da universidade pública.

A jornalista Sabine Righetti propôs um tuitaço com a hastag #oquevinauniversidadepublica, para expor, afinal, o que acontece nas universidades que vivem dos recursos do Estado. Em um momento em que vários protestos contra os cortes e o desmanche da educação estão sendo organizados em várias cidades, inclusive nesta quarta, as respostas de estudantes e professores ajudam a derrubar mitos sobre as universidades públicas no Brasil.

1. Falta de recursos parece ser regra

2. Professores apaixonados, estrutura sucateada

4. Estudantes que não desistem nunca

5. Luta por diversidade

5. Empreendedorismo

6. Pesquisa científica

Protestos contra os cortes da ciência

A Sociedade Brasileira pelo Progresso da Ciência (SBPC), em parceria com entidades científicas e acadêmicas nacionais, organiza nos dias 8 e 9 de maio, mobilizações contra os cortes nas ciências em várias cidades.

Veja a programação:

DIA 8 DE MAIO

Brasília

10h00 – Presença na Audiência Pública do Ministro da CTIC, Marcos Pontes, na Comissão de Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática – CCTCI da Câmara Federal, no Plenário 13, Anexo II.

17h00 – Lançamento da Iniciativa para a Ciência e Tecnologia no Parlamento (ICTP.br) e em defesa da ciência brasileira, no Plenário 13, Anexo II, com a presença de parlamentares e representantes das sociedades científicas e acadêmicas.

São Paulo, Rio, Recife

Também estão previstos atos na capital de São Paulo. Às 11h será lançado uma Frente Parlamentar em Defesa das Instituições Públicas de Ensino, Pesquisa e Extensão na Assembleia Legislativa. E a partir das 16h, uma marcha pela ciência terá concentração no MASP. No Rio, um ato em defesa da Universidade Federal Fluminense (UFF) será realizado às 16h UFF Gragoatá, em Niterói. Em Recife, um evento aberto ao público que vai discutir “Ameaças à autonomia universitária” será realizado às 16h na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

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