
A glória dos carnavais passados
12 fotosO carnaval é a suspensão da vida diária. Um teatro coletivo catártico na rua, uma festa em que tudo é possível. No acervo de imagens do Instituto Moreira Salles (IMS), encontram-se pérolas fotográficas que contam a história de décadas de folia nas ruas do Rio de Janeiro e como ela se transformou nas últimas seis décadas.
São Paulo
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1Carnaval (circa 1960) Durante os dias de carnaval, os foliões são atores temporários: vestem diferentes "eus" em um teatro catártico nas ruas. Esta imagem da folia no Rio de Janeiro é uma das que compõem o catálogo 'Carnaval - o corpo livre', feito pelo IMS para o Google Arts&Culture. Marcel Gautherot/Acervo Instituto Moreira Salles -
2Bloco de rua Inocentes do Valadares (circa 1960) O acervo do IMS está intimamente associado à preservação do arquivo de importantes nomes da fotografia brasileira, como explica a EL PAÍS Sérgio Burgi, coordenador de fotografia do Instituto. É o caso de Marcel Gautherot, francês radicado no Brasil. "Ele foi um dos que fizeram uma imersão no tema do carnaval, fotografando essa festa popular durante anos", comenta Burgi. Marcel Gautherot/Acervo Instituto Moreira Salles -
3As Marrequinhas, grupo travestido na Sociedade Carnavalesca Democráticos, 1913 Como escreve Rachel Miranda, responsável pelo catálogo 'Carnaval - o corpo livre': "Para os foliões de qualquer status social, a magia do teatro carnavalesco é tornar cada brincante individualmente livre e ao mesmo tempo em comunhão com a alegria coletiva". Augusto Malta/Coleção Pedro Correa do Lago/Acervo IMS -
4Casal dançando (circa 1948) No carnaval, casa e rua têm fronteiras muito tênues, como o sociólogo Roberto DaMatta aponta nos seus estudos sobre o tema. Já nas suas origens, na virada do século XIX para o século XX, o batuque do quintal, um embrião do samba, espalhou-se pelas casas do Rio de Janeiro: as portas abriam-se e os vizinhos juntavam-se à festa. A imagem de José Medeiros retrata um desses momentos. José Medeiros/Acervo Instituto Moreira Salles -
5Escola de Samba (circa 1950) O acervo do IMS está intimamente associado à preservação do arquivo de importantes nomes da fotografia brasileira. Um deles é o de José Medeiros. "Extremamente importante no fotojornalismo brasileiro, ele sempre esteve muito próximo às questões do povo e refletia principalmente sobre o lugar do negro na sociedade brasileira", diz Sérgio Burgi. Na imagem, Medeiros registrou um ensaio de uma das primeiras escolas de samba do Rio. José Medeiros/Acervo Instituto Moreira Salles -
6Desfile das Escolas de Samba. Avenida Rio Branco, Centro Sérgio Burgi explica que esta seleção de imagens também "mergulha nas raízes da música popular brasileira", registrando, por exemplo, a estruturação das primeiras escolas de samba no Rio de Janeiro, nos anos 1940 e 1950. Marcel Gautherot/Acervo Instituto Moreira Salles -
7Cena de Carnaval (circa 1950) De acordo com o coordenador de fotografia do IMS, essas fotografias "nos permitem observar como a festa popular transformou-se nos últimos 60 ou 70 anos". José Medeiros/Acervo Instituto Moreira Salles -
8Carnaval de 1928 Nesta imagem, Guilherme Santos realizou um dos primeiros registros fotográficos do carnaval brasileiro, no Rio de Janeiro, em 1928. Guilherme Santos/Acervo Instituto Moreira Salles -
9Mangueirenses (1969) Em 1969, a fotógrafa inglesa naturalizada brasileira Maureen Bisilliat foi convidada pela revista Quatro Rodas para realizar um ensaio sobre a Estação Primeira de Mangueira. Nas fotos da edição nº 108 da publicação, ela retratou os mangueirenses com seus tradicionais trajes verde e rosa. Maureen Bisilliat/Instituto Moreira Salles -
10Mangueirenses (1969) Mais uma imagem da série 'Mangueirenses', de Maureen Bisilliat. Maureen Bisilliat/Instituto Moreira Salles -
11Angenor de Oliveira, o Cartola (1908-1980) em sua casa, Morro da Mangueira (1969) Maureen Bisilliat também retratou o icônico sambista Cartola no Morro da Mangueira, em 1969. Maureen Bisilliat/Instituto Moreira Salles -
12Bateria de Escola de Samba, 1970 Se rua e casa se mesclam no carnaval, esta última também pode ser representada pela quadra de uma escola de samba, onde famílias inteiras crescem com a música da bateria, dançando desde crianças e absorvendo os códigos da comunidade. Como escreve Rachel Miranda: "a escola de samba é casa, mas a casa do sambista se espraia por toda a cidade". David Drew Zingg/ Acervo Instituto Moreira Salles