10 fotosO rover ‘Curiosity’: 2.000 ‘dias’ em MarteConheça os principais marcos da missão que descobriu vestígios de antigos rios, deltas e lagos no planeta vermelhoAlberto González Fairén22 mar. 2018 - 15:57BRTWhatsappFacebookTwitterBlueskyLinkedinLink de cópiaAeolis Mons estava bem perto, só 3 quilômetros do rover. Dessa distância já era possível ver as diferentes tonalidades da paisagem, devido a diferente composição de cada um dos grupos de colinas: óxidos de ferro, argilas, sulfatos e outros minerais formados quando a cratera Gale abrigava grande quantidade de água.NASA/JPL-Caltech/MSSSTerrenos rachados que se formaram como resultado da secagem da lama, possivelmente remanescentes da época em que o lago Gale começou a secar, preservados em uma rocha de 1,2 metro de comprimento. Nesse período das pesquisas, a equipe da 'Curiosity' publicou os resultados da investigação de carbonatos e a estimativa da concentração de CO2 na atmosfera de Marte, há mais de 3.000 milhões de anos. A atmosfera primitiva acabou por ser muito mais fina do que o esperado.NASA/JPL-Caltech/MSSSA primeira imagem da câmera frontal do rover, usada para detectar obstáculos durante a travessia. é possível ver ao longe o monte central da cratera Gale, Aeolis Mons, objetivo primordial para das investigações do Curiosity.NASA/JPL-CaltechPedregulhos em uma antiga ravina foram considerados a evidência definitiva de que a água fluiu sobre Marte. A morfologia das pedras permitiu deduzir que se formaram em um ribeirão onde a água baixava com uma certa velocidade, e que seria o suficiente para atingir os joelhos de um adulto humano de estatura média.NASA/JPL-Caltech/MSSSMarte é cinza! A primeira perfuração no chão de outro mundo demonstrou que a camada de materiais oxidados que recobre Marte é de espessura milimétrica. Excelente notícia para a busca de compostos orgânicos e de vida. De fato, 'Curiosity' descobriu compostos orgânicos em Marte pela primeira vez, resolvendo um enigma que durava décadas.NASA/JPL-Caltech/MSSSSedimentos estratificados com padrões de inclinação que indicam fluxo d'água onde as ravinas faziam fundo ao lago de Gale. Os sedimentos foram gerados pela deposição fluvial de partículas arenosas muito finas no fundo do antigo lago, formando um delta.NASA/JPL-CaltechMarte tem atualmente uma atmosfera muito dinâmica. Esta imagem mostra a parede de areia de 4 metros de altura que é gerada pela frente de avanço da duna 'Namíbia', ativa neste momento. A fraca atmosfera marciana desloca as dunas acima da superfície da cratera Gale a uma velocidade de cerca de um metro por cada ano terrestre. A 'Curiosity' foi pioneira mais uma vez ao explorar dunas em outro planeta. O robô também determinou que a concentração de metano na atmosfera marciana é menor que uma parte por bilhão; só uma vez ultrapassou 7 partes por bilhão, durante algumas semanas entre 2013 e 2014. Ainda não sabemos por quê.NASA/JPL-CaltechMeteorito de ferro e níquel identificado pelo 'Curiosity', do tamanho de uma bola de golfe. O rover 'Opportunity' já havia descoberto uma boa coleção de meteoritos no lado oposto do planeta.NASA/JPL-Caltech/MSSSA última descoberta da 'Curiosity' que ainda espera uma explicação. Estas formas similares a pequenos palitos, do tamanho de um grão de arroz, parecem ser veios minerais expostos pela erosão.NASA/JPL-Caltech/MSSS'Curiosity' tira selfies regularmente, e neste você pode apreciar o instrumento REMS, uma estação meteorológica de fabricação espanhola. As selfies servem para (além do robô se gabar de estar onde ninguém pisou antes) verificar o estado geral do rover, especialmente para controlar a quantidade de poeira acumulada ou verificar o desgaste das rodas. As rodas do 'Curiosity' tornaram-se muito finas para o solo coberto de pedras afiadas no lago Gale, e elas sofreram desgaste severo nesses 2000 sóis. A broca também ficou inutilizada por mais de um ano (terrestre), e só recentemente sua funcionalidade foi parcialmente recuperada. Além disso, um dos sensores REMS foi danificado durante o pouso, mas mesmo assim forneceu uma enorme quantidade de dados sobre a atmosfera marciana. Ninguém disse que era fácil operar um rover em outro mundo por mais de 5 anos. No entanto, a missão continua sendo um dos maiores sucessos da história da exploração espacial. Neste link (https://mars.nasa.gov/msl/mission/whereistherovernow/) você pode verificar a rota do rover e sua localização atual.NASA/JPL/CalTech/MSSS