O filme. Se de algo não se pode acusar o diretor Christopher Nolan é de incoerência. Pelo menos neste filme o argumento era tão barroco e desnecessariamente intrincado como seu aparato visual. Há espionagem industrial e pessoas que se infiltram nos sonhos de outras pessoas para lhes roubar ideias ou implantar novas. Também há um pouquinho de mitologia grega. O plano. Para não se envolver tanto como o espectador, o personagem de Leonardo DiCaprio leva consigo um pião que quando para lhe informa que está no mundo real e não no onírico. Depois de muitas vicissitudes e muito ‘kitsch’ digital, volta para casa e ali faz o pião girar, mas ao se reencontrar com os filhos, que no final era o que ele queria. Mas decide que já não lhe interessa saber se tudo aquilo é real ou não. E o espectador, sim, vê que o pião parece prestes a cair justo antes de a tela ficar preta. Ou talvez não tenha caído?
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