14 momentos que amamos e odiamos ao voltar para casa no Natal
Sua mãe acha que você “emagreceu muito” porque come mal, mas é para caber na cama de criança
Os anúncios de panetone e outros produtos natalinos não são fiéis à realidade. Quando você volta para casa para o Natal, o tempo não entra em câmera lenta enquanto seu cachorro e sua família te abraçam. É mais parecido com isto: sua mãe te abraça –mas em câmera normal, até rápida-, diz que você emagreceu muito e arregaça as mangas para resolver a situação. Não é só com você que isso acontece. É parte, junto com muitas outras coisas, da montanha-russa emocional do regresso à casa dos pais: sobe ao cume da felicidade e despenca até o tédio profundo, depois de contornar curvas entre a nostalgia e a vergonha. Própria e alheia.
1. Surta com a geladeira pornográfica
O melhor cartão natalino que existe é uma foto da geladeira inigualavelmente cheia da casa dos pais antes de uma ceia de Natal. Em alguma prateleiras seria preciso brincar de Tetris para encaixar mais alguma coisinha. Além disso, você vê de novo aqueles produtos que ficou exatamente um ano sem ver: um monte um pouquinho de frutas secas , champagne espumante, peru frango...
2. Precisa fazer o giro pela família
Alguns familiares são como os produtos de Natal, que você só vê uma vez por ano. “Por que você não vai me visitar? Gosto tanto de você” será a pergunta que você vai ouvir n vezes, onde n é igual ao número de tias que você tem. Há um truque que ajuda: tentar jantar com o máximo possível de parentes de uma vez, para não ter que ir de casa em casa.
3. Precisa praticar de novo suas habilidades de ninja ao voltar da balada
Você já tem idade de sobra para ficar na balada até a hora que quiser, mas a ideia de abrir a porta de madrugada e dar de cara com seu pai te assusta tanto quanto quando você tinha 16 anos. Toca então a recuperar a habilidade ninja da adolescência: enfiar a chave com precisão cirúrgica, driblar os móveis no escuro, segurar o grito de dor quando dá uma topada...
4. Sofre com a versão 2.0 dos seus pais
Quando você morava com seus pais, eles não te deixavam olhar para o celular enquanto comia. Às vezes você nem podia ver TV. Não é de estranhar que você se revolte quando seus pais não desgrudam do celular durante todo o jantar. “Olha esta foto que me enviaram!”. “Vê isso aqui, que engraçado”. E fazem arqueologia interneteira, com piadas no WhatsApp de programas humorísticos de quando você tinha 15 anos.
5. Dá de cara com suas fotos antigas
Claro que estão guardadas em alguma caixa fotos embaraçosas da sua adolescência, mas pelo menos estão escondidas onde quase ninguém pode vê-las. As inevitáveis são as da primeira comunhão, que continuam no ponto mais visível da casa. Há duas formas de lidar com elas: ou finge que não vê e evita olhar seu passado com roupinha estranha ou joga nas redes sociais e espera que curtam. O retrato da primeira comunhão é sempre popular.
6. Sua família começa a operação “rechear o peru”. E o peru é você
“Olha, dá para perceber que você come bem por aí, ganhou uns quilinhos.” NUNCA essa frase saiu da boca de uma mãe. Depois do tradicional “você está tão magrinha(o)”, o objetivo de toda sua família será que você volte para casa rolando. Até quando você for embora a operação “rechear o peru” continuará. Em forma de potes herméticos. No Natal é difícil não ganhar alguns quilos, mas é definitivamente impossível não engordar se você voltar à casa dos seus pais.
Você no Natal.
7. Diga adeus às costas saudáveis e um oi para sua caminha
Sua mãe acha que você emagreceu porque come mal, mas você na verdade entrou num regime para caber de novo na caminha de criança. A parte ruim é ter que escolher qual parte fica para fora do colchão, passando frio. A boa é que, com sorte, ainda terá lençóis de boa qualidade, para compensar. Tudo isso supondo que você ainda tenha cama e não tenham transformado seu quarto em depósito.
8. Visita sua própria biblioteca infantil
Alguns livros são encontrados em todas as casas, mas você continua adorando achá-los na sua estante. Sempre pega algum, pensando em reler, porque gostou tanto no tempo da escola. É provável que desista, mas se for adiante na leitura, verá que não era tudo isso.
9. Sobe na passarela da temporada outono-inverno... de 1995
Enquanto não inventam uma máquina do tempo, abrir o armário do seu quarto de infância é o mais parecido com uma viagem ao passado que você vai encontrar. Estão lá as calças cargo. As de veludo. Se cismar de experimentar as roupas, perceberá duas coisas: uma, que não importa o que sua mãe diga, você não emagreceu. Outra, que quando jovem você era muito brega.
10. Recupera seu pijama ridículo
Olhe-se no espelho: sim, é você, com 30 anos de idade e um pijama do Mickey Mouse. Você precisa vestir algo para dormir. Se tiver vergonha de passar em frente às janelas com ele, por medo de ser visto por algum vizinho, há a variante –mais digna, mas não tão quentinha– na prateleira de cima, uma camiseta da sua banda favorita de 15 anos atrás. Combinando com seus pôsteres. Agora, dos seus chinelos velhos e do escudo do seu time de futebol você continua gostando tanto quanto quando os ganhou.
11. Descobre que estão saqueando seu quarto
Nos últimos dez anos você nem se lembrou da sua coleção de dinossauros de plástico, mas se choca ao ver que seus pais resolveram despachá-los. Ou pior: que tenham resolvido dá-los para seus primos. Ou pior que pior: que tenham dado para seus primos, e você descubra isso ao ver seu velocirraptor (agora sem cabeça) na mão de um deles.
12. Aprecia sua própria arte
Seus pais jogaram fora ou deram seus brinquedos porque “para que você quer isso, só ocupa espaço”, mas guardam a horrível escultura de argila que você fez para o Dia das Mães quando tinha 5 anos. E o horrível quadro a guache, e a pedra pintada como se fosse uma joaninha, e o vidrinho com a paisagem de areia colorida... Rever todas as suas criações te dá a certeza de ter feito bem em não tentar a faculdade de artes plásticas.
13. O interrogatório da marmota
A camiseta de “você percebeu que não tenho namorado” é um clássico do Twitter para a ceia de Natal. Quase todo mundo sofre com as mesmas perguntas na véspera de Natal ou no réveillon, mas se você ficou fora por um tempo, vai ouvi-las mais vezes. E algumas extras, como “por que você vem tão pouco aqui”, “como é morar em [lugar em que você mora]”? e outras que nem são perguntas, como “vamos ver o que você anda fazendo”. Nada de bom.
14. Vai te dar vontade de ir embora no segundo dia
E o que é pior: quando for, vai te dar muita vontade de voltar
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