19 fotosOs museus mais visitados do mundoDo Museumquartier, em Viena, ao Guggenheim de Bilbao, as 20 grandes referências da arteLonely Planet11 dez. 2016 - 16:26BRTWhatsappFacebookTwitterLinkedinLink de cópiaHermitage (São Petersburgo): Entramos em um dos museus mais antigos e completos do mundo, com uma coleção excepcional de obras de arte e maravilhas arquitetônicas de valor inestimável. Foi construído por ordens da imperatriz Catarina, a Grande, em 1764, para abrigar sua coleção particular. Atualmente reúne mais de 3 milhões de peças. Localizado no Palácio de Inverno, dourado e verde, o museu se espalha por cinco edifícios anexos junto ao rio Neva – todos igualmente imponentes. De salões labirínticos a salas refinadas cheias de tesouros artísticos de todas as épocas, aqui estão guardadas desde antiguidades egípcias até instalações contemporâneas; obras de mestres antigos, impressionistas e pós-impressionistas; ovos de Fabergé e outros ícones de valor incalculável. Não é difícil sentir-se oprimido pela riqueza deste emblemático edifício de São Petersburgo, que se estende luxuosamente ao longo das margens do rio. Calcula-se que para ver todas as obras do Hermitage (www.hermitagemuseum.org), dedicando apenas um minuto a cada uma delas, seriam necessários 11 anos. Planejar a visita permite evitar a dor nas pernas e, claro, manter o bom senso.GettyTate Modern (Londres): Cinco milhões de visitantes ao ano não estão aqui à toa. A Tate Modern de Londres (www.tate.org.uk) é a galeria de arte contemporânea mais visitada do mundo. Não só pela arte, apesar de a oferta ser considerável – com obras de Rothko, Matisse, Warhol, Pollock, Hirst e outros – mas também pela arquitetura industrial do edifício, com 200 metros de comprimento, uma antiga central elétrica construída na década de 1940. Talvez sua localização ajude, na margem sul do Tâmisa. E desde o último verão há mais um motivo para visitá-la: a imponente ampliação de 11 andares no lado sul (The Switch House, projetada por Herzog & De Meuron, na foto), que dobrou o espaço de exposições. Agora, basta juntar-se a seus admiradores e decidir quais obras são as melhores.Paris Jefferson (Getty)Metropolitan Museum of Art (Nova York): A capacidade do museu Metropolitan (www.metmuseum.org) de emocionar, desconectar e inspirar fez dele um dos museus mais populares do mundo. A cada ano, seis milhões de pessoas contemplam suas coleções de arte egípcia, pintura europeia e americana, escultura grega antiga, máscaras da África e da Oceania, assim como armas medievais. É uma entidade cultural autônoma e completa em si mesma. O toque final fica por conta do jardim localizado na cobertura, com esculturas e uma vista espetacular do Central Park.Franz Marc Frei/getty (Getty)Museum of Old & New Art (Hobart, Austrália): Em quantos museus é possível avistar golfinhos brincando na água enquanto nos aproximamos a bordo de uma lancha? Um dos centros de arte moderna mais apreciados do mundo é o Museum of Old & New Art (mona.net.au), em Hobart, a capital do estado australiano da Tasmânia. Quando o milionário apostador profissional David Walsh quis dar um presente à cidade onde cresceu, ninguém pode prever o que ele faria. Primeiro, abriu uma vinícola, Moorilla; em seguida, uma cervejaria. E dez anos depois encomendou a construção do museu ao arquiteto Nonda Katsalidis. Seus engenheiros escavaram e extraíram 60.000 toneladas de terra, e Walsh encheu o buraco com objetos que ele foi colecionando ao longo dos anos. De pontas de flechas da Idade da Pedra a moedas romanas e instalações de arte vanguardista, como Amarna, de James Turrell (foto).MONA/Rémi ChauvinGalleria degli Uffizi (Florença, Itália): A coleção da Galleria degli Uffizi (www.uffizi.com), em Florença, abarca toda a história da arte, mas sua alma está nos renascentistas. As obras de Botticelli não têm comparação e merecem estar na lista de coisas que precisamos apreciar de perto antes de morrer. Tão extraordinário quanto as pinturas de Michelangelo, Leonardo da Vinci, Rafael, Ticiano e Caravaggio é o próprio edifício, um colossal palácio junto ao rio Arno, construído pela família Médici, no século XVI, e unido ao Palácio Pitti, na margem oposta, pelo enigmático Corredor de Vasari.Thomas Winz (Getty)Museus Vaticanos (Roma): Depois de superar as filas para conseguir ver os afrescos de Michelangelo na mítica Capela Sistina, o visitante já pode se beliscar: valeu a pena. Este aluvião de cores e imagens fecha com chave de ouro a visita aos Museus Vaticanos (www.museivaticani.va). Este gigantesco complexo de exposições, que abriga mais obras-primas do que alguns países inteiros, está coberto pelos afrescos das Salas de Rafael e, mais adiante, pela capela onde milhões de pessoas contemplam como Deus dá vida a Adão.Huey Yoong (Getty)Museu Nacional de Antropologia (Cidade do México): Qual é a diferença entre toltecas e zapotecas? O que são esses aros das ruínas maias que lembram uma cesta de basquete? As visitas ao México nos colocam uma infinidade de perguntas sobre seu extenso legado histórico, e em nenhum outro lugar as respostas são melhores do que no Museu Nacional de Antropologia (www.mna.inah.gob.mx), na Cidade do México. O térreo deste edifício moderno inaugurado na década de 1960 abriga relíquias do México pré-hispânico que ilustram a complexidade de suas antigas civilizações. Os deuses e deusas astecas dominam salas com preciosos entalhes de jaguares, assim como uma impressionante escultura de 3,5 metros de largura, conhecida como a Pedra do Sol e que, na realidade, é um calendário cósmico. Há uma enorme quantidade de ícones e estátuas olmecas, e as maquetes das grandes cidades maias nos permitem ter uma ideia de como era a vida naquela época. Uma visita não é suficiente, porque ao perambular pelas tantas salas pré-hispânicas fica claro que poucas coleções do mundo podem ser comparadas com a do museu mais visitado do México.Richard I'Anson (Getty)Museu Van Gogh (Amsterdã): Ele representa a luta do artista contra a pobreza e a obscuridade (só vendeu um quadro em vida) e, no entanto, Vincent Van Gogh foi o maior pintor holandês do século XIX. Este museu (www.vangoghmuseum.nl) abriga a maior coleção de obras do artista e mostra desde peças de seu início de carreira, pintadas na Holanda, até telas de seus últimos anos na França. Percorrendo os andares do museu, é possível seguir a evolução vital de Van Gogh e, ao mesmo tempo, maravilhar-se com os amarelos vívidos e os azuis profundos em quadros como 'Os Girassóis' e 'Os Comedores de Batata'.Jean-Pierre LescourretMuseu Egípcio (Cairo): Vagar por este museu é como brincar de esconde-esconde entre objetos de valor incalculável. Repleto com o melhor da egiptologia, o centro oferece uma fascinante aventura através do tempo, mas sem a tecnologia de touch-screens, mostras interativas ou explicações sisudas. Os tesouros mais óbvios (e esperados) são os de Tutancâmon e as múmias deHatshepsut, assim como a Sala das Múmias Reais, apesar de as verdadeiras maravilhas deste museu labiríntico serem as estátuas, os altares e as esfinges que nos aguardam em cada esquina.Danita Delimont (Getty)Vasamuseet (Estocolmo): Quando em 1628 o imponente navio de guerra sueco Vasa naufragou momentos depois de ter zarpado do porto de Estocolmo – navegou pouco mais de 1 quilômetro – o desastre foi absoluto (e muito bem registrado). Apesar disso, após ser resgatado e restaurado, tornou-se orgulho nacional e símbolo do império sueco em seu apogeu. Exposto agora noVasamuseet (www.vasamuseet.se/es) com toda sua suntuosidade, o navio é soberbo. Seu tamanho é impressionante, assim como sua decoração. Aqui também é possível descobrir como ele naufragou, como foi resgatado e como foi conservado como uma importante parte da história sueca.Anders Blomqvist (Getty)Museu do Prado (Madri): Instalado em um edifício senhorial do século XVIII, oferece um olhar único sobre os vaivéns históricos da alma espanhola: imperiosa nos retratos reais de Velázquez, turbulenta nas Pinturas Negras de Goya. O Prado (www.museodelprado.es) já estaria entre as melhores pinacotecas da Europa unicamente por sua coleção dos mestres espanhóis, de El Greco a Zurbarán. Mas os quadros de pintores do resto da Europa que ele abriga, de Rembrandt a Rubens, de Brueghel a El Bosco, ampliam mais ainda a lista de obras-primas em sua coleção.Grant Faint (Getty)Rijksmuseum (Amsterdã): Este museu, um dos mais importantes do mundo, guarda tesouros em seus 1.500 metros de galerias. As pessoas se amontoam em torno do monumental “A Ronda Noturna”, de Rembrandt, e da obra “The Milkmaid” (A Leiteira), de Vermeer de Delft, e com razão. O primeiro é um símbolo da Idade de Ouro; o segundo é tão sugestivo que, mesmo séculos depois, ainda desperta o interesse de Hollywood. Mas, nas outras cem salas do Rijksmuseum (www.rijksmuseum.nl/en), tesouros incríveis nos esperam: maquetes de navios antigos, espadas bárbaras, taças de cristal e lanternas mágicas do século XVII, quando os holandeses navegavam os mares em busca de riquezas. Outras galerias mostram a delicada porcelana azul e branca da época de Delft, e casas de bonecas tão primorosamente decoradas que valem mais do que uma casa de verdade. Poderíamos passar semanas admirando as belas e curiosas coleções em todos os cantos do museu. Na verdade, se vasculharmos bem, encontraremos obras de Van Gogh e do movimento CoBrA, do século XX.Bernard Jaubert (Getty)Museu de História Natural (Londres): Oito milhões de espécimes e bilhões de anos de história: este museu é capaz de abrigar eras em seu monumental espaço. Aqui se pode aprender sobre ossos de dinossauros, borboletas, baleias azuis e bebês humanos; também sobre vulcões e até mesmo sobre o Big Bang. Este museu (www.nhm.ac.uk), um poço de conhecimento, tesouros e pesquisa, ocupa um majestoso edifício em Londres aberto ao público em 1881; de estilo neorromântico alemão, é adornado com relevos e gárgulas zoomórficas.Maremagnum (Getty)Art Institute of Chicago: O Museu de Arte de Chicago (www.artic.edu) abriga coleções que deixam os visitantes boquiabertos. Perambulando pelos intermináveis corredores de mármore, o visitante se depara com "American Gothic", de Grant Wood, cujas modelos foram sua irmã e sua dentista. Muito perto está a solitária obra "Nighthawks", de Edward Hopper. Mais adiante, "Um Domingo à Tarde na Ilha da Grande Jatte”, do pontilhista Georges Seurat. E depois, “Monte de Feno”, de Monet; "O Quarto”, de Van Gogh; "O Velho Guitarrista”, de Picasso... A coleção de impressionistas e pós-impressionistas só é comparável às encontradas na França, e o número de obras surrealistas também é surpreendente. Sem falar nas salas repletas de gravuras japonesas, urnas gregas e armaduras. No sótão, estão expostas miniaturas, como uma minúscula penteadeira francesa de 1740. Na foto, a ala moderna, de Renzo Piano.Franz Marc Frei (Getty)Museu de Arte Moderna de Louisiana (Copenhague): Este espaçoso edifício de cor branca, uma obra-prima do design moderno dinamarquês da década de 1950, entrou nesta lista devido não só ao seu interior, mas também ao seu exterior. O Louisiana está localizado no litoral do Oresund, em uma pequena cidade ao norte de Copenhague, com vistas para inúmeras turbinas eólicas que giram lentamente. Depois de perambular pelos corredores de vidro e salas com obras de Picasso, Yves Klein e David Hockney — conta com uma das coleções de arte moderna posterior a 1945 mais importantes da Escandinávia —, vale a pena conhecer o terraço (na foto) e seu parque de esculturas, com obras de artistas como Henry Moore.Kim Hansen (Louisiana Museum of Modern Art)Museu Guggenheim (Bilbao): É uma das criações arquitetônicas mais impressionantes do planeta e uma das responsáveis por ter tirado a cidade de Bilbao de sua depressão pós-industrial, incorporando-a ao século XXI. O arquiteto canadense Frank Gehry foi inspirado pela tradicional indústria da pesca e da construção naval da cidade. O uso de beirais, falésias, costões, torres e barbatanas é, simplesmente, irresistível. Com tanta coisa para admirar em sua estrutura, o fato de que também é um museu de primeira classe (www.guggenheim-bilbao.eus) pode parecer secundário.Gonzalo Azumendi (Getty)Museu do Ouro (Bogotá): O Museu do Ouro, em Bogotá, deixa todos seus visitantes surpresos. Os conquistadores espanhóis ouviram pela primeira vez os rumores de El Dorado, uma lendária cidade de ouro perdida que inspirou durante séculos exploradores e caçadores de tesouro em Quito (Equador), onde foram organizadas expedições até a savana de Bogotá. Não é de surpreender, portanto, que a capital colombiana seja um dos poucos lugares no mundo onde é possível sentir o que seria encontrar um tesouro de tais proporções. Embora a cidade perdida nunca tenha sido encontrada, outros tesouros foram achados, e o Museu do Ouro de Bogotá (www.banrepcultural.org) conta atualmente com mais de 55.000 objetos de ouro e outros materiais, originais das culturas pré-hispânicas. Depois de visitá-lo, a vontade de ir à selva em busca de tesouros é irresistível.Wolfgang Kaehler (Getty)Museumquartier (Viena): Se todas as grandes cidades europeias pudessem reunir organizadamente seus melhores museus em um bairro construído especificamente para isso, o turismo seria muito mais fácil. Em Viena, isso foi possível. O MuseumsQuartier (www.mqw.at), enorme e com amplos espaços criativos, é um conjunto de museus nada insignificantes, completado por uma série de cafés, restaurantes e bares que servem como terreno fértil para a vida cultural da cidade. Com mais de 60.000 metros quadrados de espaço para exposição, um espetacular museu infantil e o instituto de dança mais importante de Viena, é um dos complexos dedicados à arte mais ambiciosos do mundo. Destacam-se a maior coleção de pinturas de Egon Schiele, no luminoso Leopold Museum, assim como o MUMOK, um centro para a vanguarda da arte contemporânea com uma coleção tão imponente quanto sua fachada de basalto negro e cantos pontiagudos.Hertha HumausMuseu Picasso (Barcelona): Pablo Picasso passou seus anos de formação em Barcelona, e esta coleção de mais de 3.500 pinturas é um digno tributo ao mestre. Distribuídas em cinco mansões medievais de pedra contíguas, os bonitos pátios, galerias e escadas do complexo (www.museupicasso.bcn.cat) são quase tão maravilhosos quanto a coleção existente em suas salas (na foto, “O Jogador de Cartas II”, emprestado pelo Museu de Arte Moderna da Dinamarca). A exposição foca nos primeiros anos do artista de Málaga, embora haja material suficiente de épocas posteriores para entender perfeitamente a versatilidade do grande gênio da pintura do século XX.Massimiliano Minocri