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Apple registra um lucro 27% menor que no ano passado

Empresa de tecnologia de Cupertino registra uma nova queda nos rendimentos pelo iPhone e a China

Usuário da Apple em frente a uma loja na China.
Usuário da Apple em frente a uma loja na China.Ng Han Guan (AP)

A Apple atravessa uma complexa transição. A fabricante do iPhone registrou uma queda nas vendas de seu popular telefone no terceiro trimestre do ano. É a segunda queda consecutiva de seu principal produto e isso fez com que sua renda ficasse em 42,1 bilhões de dólares (138 bilhões de reais), uma queda anual de 15%. Esse número significa um lucro de 7,8 bilhões de dólares (26 bilhões de reais), 27% a menos do que no mesmo período de 2015. O mercado chinês piorou.

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A Apple já vendeu mais de um bilhão de unidades do iPhone desde seu lançamento há nove anos. A subida do dispositivo que mudou o mundo da computação, entretanto, chegou ao seu nível máximo há nove meses. As vendas no terceiro trimestre baixaram a 40,4 milhões de unidades, 15% a menos do que um ano atrás. Isso se deve em parte ao fato de que seus fiéis usuários estão esperando a nova versão.

As vendas do iPhone começaram a contrair no segundo trimestre, porque a última atualização não gerou suficiente interesse. O consumidor, além disso, leva mais tempo para mudar de celular e cada vez mais o faz por modelos mais baratos, como o iPhone SE e de fabricantes rivais. Isso representa uma vulnerabilidade para a Apple, que recebe dois terços de sua renda das vendas do iPhone.

A Apple já antecipou em abril a diminuição das vendas. Os rendimentos gerados pelo iPhone no último trimestre foram de 24,05 bilhões de dólares (79 bilhões de reais), 23% a menos do que há um ano. O tablet iPad tem ainda mais dificuldade. A queda para esse dispositivo está sendo ainda mais prolongada enquanto o Apple Watch não consegue gerar a demanda esperada. Os rendimentos na China, ao mesmo tempo, caíram 33% e na Europa, 7%.

Tim Cook, seu executivo-chefe, tentar agora diversificar essa fonte de renda potencializando o lucro gerado através de programas e serviços como o Apple Music e o iCloud. As vendas desse segmento já superam a do computador Mac e representam 11% dos rendimentos globais. O executivo afirma que “a Apple terá o tamanho de uma empresa do Fortune 100 no ano que vem”. “Sou otimista porque a base instalada é enorme”, diz.

A atenção será centrada no próximo ciclo de produtos. A Apple só poderá evitar uma queda anual nas vendas do iPhone se o modelo que será apresentado em setembro convencer. Mas é complicado, porque terá somente um mês de margem e se sabe que a empresa está guardando o melhor para o décimo aniversário do celular. Pouca expectativa, portanto, a curto prazo ainda que os analistas acreditem em uma aceleração ao longo de 2017.

Os títulos da Apple mostravam uma queda superior a 5% desde a última vez em que os resultados foram publicados, há três meses. A queda é de 20% se for comparada com o valor das ações na bolsa há um ano. Seu rendimento é claramente inferior ao índice Dow Jones. As ações estão com dificuldade para superar os 100 dólares (328 reais) por unidade, mesmo que a maioria dos analistas coloque um preço objetivo de 120 dólares (393 reais). Subiu 5% no fechamento do mercado.

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