14 fotosOs sobreviventes do terremoto no EquadorO EL PAÍS reúne depoimentos dos protagonistas e sobreviventes do tremor equatoriano que deixou mais de 400 mortos Soraya ConstantePedernales (Ecuador) - 19 abr. 2016 - 17:03BRTWhatsappFacebookTwitterLinkedinLink de cópiaFloresce Álvarez, 56 anos. “Minha casa se partiu pela metade, e desde então estou com o corpo tremendo”, diz esta mulher que mora de frente para a praia. Ela, seu marido e outras 100 pessoas estão em um albergue improvisado, no caminho entre Pedernales e La Chocherra, de onde se negam a voltar para suas casas.EDU LEÓNMariela Árias, 38 anos, bombeira. Chegou a Pedernales e se deparou com uma catástrofe. “É algo muito desolador, ver as estruturas destroçadas, gente fora de suas casas, com fome, pedindo comida ou ajuda para retirar seus familiares”, diz.EDU LEÓNJacobo Valdéz, 29 anos. É voluntário da Associação Internacional de Agentes Sanitários Espanhóis e chegou nesta segunda-feira a Pedernales. “Por enquanto estou achando o resgate pouco coordenado”, diz, acrescentando que passou quase todo o dia no acampamento de apoio e só foi medir a pressão de afetados duas vezes. “É necessário que nos coloquem em lugares onde sejamos mais necessários, e também precisamos de mais remédios.”EDU LEÓNMaría Gorozabel, 25 anos. Sua casa desmoronou. Ela e sua família de seis integrantes ficaram com a roupa do corpo e na rua. “Foi doloroso ver tudo destruído, menos mal que saímos todos vivos.”EDU LEÓNJimmy Solórzano, 20 anos. Perdeu o negócio familiar, uma farmácia, mas todos os seus parentes se safaram. “Tragédia, tristeza, dor, raiva – é o que sinto. Precisamos de alimentos e água”, diz, enquanto apanha todos os medicamentos que possam ser úteis para os mais necessitados.EDU LEÓNWendy Rosado, 22 anos. Estava com seu filho em um armazém durante o terremoto, mas conseguiu fugir. “Saí correndo, não sabia o que fazer”, conta, acrescentando que em seguida os saques começaram.EDU LEÓNMartha Manzano, 53 anos. Perdeu um irmão no terremoto, mas se mostra resignada, em parte por sua vocação religiosa. “Graças a Deus o encontramos e o enterramos”, diz.EDU LEÓNJosé Cedeño, 45 anos. Três paredes da sua casa e um bar de onde tirava seu sustento caíram durante o terremoto. “Eu me sinto assim mais ou menos, mas só me cabe esperar”, diz.EDU LEÓNKaty Vera, 38 anos. Vive com cerca de 30 pessoas na sua casa em Pedernales, e todos estão bem. “Achei que acabaríamos mal”, diz. “Peço que nos ajudem, isso é o que quero pedir neste momento a todo mundo.”EDU LEÓNSergio Pinocho, 30 anos. Foi à praia com sua família e se hospedou no Hotel Mister John, que desmoronou. “Em dois ou três segundos tudo veio abaixo, soou como um raio forte, e tudo se acabou”, diz este jovem, que não conseguiu retirar de lá dois parentes agora contabilizados como mortos. “Pedíamos socorro, e nesse momento todos ficamos soterrados. Não sei como saí vivo, só vim buscar felicidade e paz.”EDU LEÓNCamilo Ramírez, 30 anos. Chegou a Pedernales com um grupo de voluntários para resgatar os animais que estão presos nas casas ou soterrados. “Vamos fazer uma campanha de esterilização aqui e depois vamos a Manta, onde havia um refúgio com 25 cachorrinhos, dos quais só sobraram 3.” Ele também fala da tristeza pelas perdas humanas. "Sinto uma dor muito forte de que haja pessoas ou pedaços de pessoas saindo dos escombros".EDU LEÓNEnrique Solórzano, 48 anos. Trabalhava na Hospedaria Aire Libre, quase totalmente destruída, e agora tenta recuperar parte do mobiliário. “Não podemos continuar trabalhando, estamos desarmando as camas e o que pudermos resgatar. Aqui certamente terão que demolir”, diz, com a esperança de que as autoridades o ajudem na reconstrução.Edu LeónMarco da Cruz, policial do Centro de Adestramento Canino. Chegou após o terremoto e experimentou uma sensação agridoce ao ver a devastação em Pedernales. “Fico triste, mas contente por poder ajudar os meus compatriotas e os familiares das vítimas a encontrarem nem que seja o corpo do seu ente querido”, diz.EDU LEÓNEduardo Gordillo, 81 anos. Passou o terremoto em sua casa e, apesar de ter visto vários edifícios caírem, diz que não tem medo. “A pessoa que joga xadrez tem nervos calejados”, conta, fazendo também um apelo para que o Equador se mantenha unido.EDU LEÓN