Estagnação global
A economia mundial volta a desacelerar, apesar dos estímulos monetários; faltam investimentos e demanda
Que a economia global está presa em uma fase de estagnação é um diagnóstico que o Fundo Monetário Internacional (FMI) aponta pelo menos desde o final de 2014. O crescimento é fraco, a correção do desemprego acontece em câmera lenta – tudo isso, apesar do colapso do preço do petróleo – e as economias emergentes estão atoladas completamente em uma recessão que o Fundo, com benevolência, tenta suavizar confiando na recuperação no futuro. O caminho da economia real está marcado pela desaceleração: um crescimento global de 3,2% este ano e 3,5% em 2017, com recessões preocupantes no Brasil (-3,8%), Rússia (-1,8 %) e Venezuela – cuja contração já ronda os 8% – e um crescimento esperado de 6,5% na China que não oferece nenhuma garantia pela volatilidade de suas estatísticas.
Se os relatórios do FMI forem lidos nas entrelinhas, a mensagem do último (resultado da reunião de primavera em Washington) é de total alarme. As economias zonais – o euro é um bom exemplo – não reagem apesar da exposição excessiva a estímulos monetários e os países com capacidade de decisão (Alemanha na área do euro) se recusam a aceitar que é necessário implementar políticas que estimulem o investimento (o FMI já anunciou a conveniência de multiplicar o investimento em infraestrutura). A política monetária não é suficiente.
A política econômica global está em um momento crítico: com expansão monetária perto de seus limites, qualquer crise parcial, mesmo que temporária, pode causar outra convulsão financeira e empurrar para trás os poucos avanços na reativação da economia desde 2014.
E a Espanha é um espelho da desaceleração global. Cresce a taxas mais do que respeitáveis (3,2% em 2015, 2,6% anunciada pelo FMI para 2016), mas decrescentes, sem criação de emprego estável em quantidade suficiente e sem grandes avanços na produtividade. Para a Espanha e para a economia global as políticas necessárias são as mesmas: mais investimento e mais incentivo à demanda.
Tu suscripción se está usando en otro dispositivo
¿Quieres añadir otro usuario a tu suscripción?
Si continúas leyendo en este dispositivo, no se podrá leer en el otro.
FlechaTu suscripción se está usando en otro dispositivo y solo puedes acceder a EL PAÍS desde un dispositivo a la vez.
Si quieres compartir tu cuenta, cambia tu suscripción a la modalidad Premium, así podrás añadir otro usuario. Cada uno accederá con su propia cuenta de email, lo que os permitirá personalizar vuestra experiencia en EL PAÍS.
En el caso de no saber quién está usando tu cuenta, te recomendamos cambiar tu contraseña aquí.
Si decides continuar compartiendo tu cuenta, este mensaje se mostrará en tu dispositivo y en el de la otra persona que está usando tu cuenta de forma indefinida, afectando a tu experiencia de lectura. Puedes consultar aquí los términos y condiciones de la suscripción digital.