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Champions League: em guerra com a imprensa, Barcelona pega o BATE

Técnico se recusou a responder sobre invasão dos jogadores após o jogo com o Getafe

Luis Enrique, na coletiva de imprensa. / Foto: (REUTERS)/ Vídeo: ATLASFoto: atlas
Jordi Quixano

O Barcelona decidiu proibir a imprensa no avião e só é possível ver os jogadores —um ou dois, dependendo do resultado— na zona mista. Mas alguns jogadores do Barça invadiram a sala de imprensa do Getafe —embora a intenção fosse ir para a zona mista— para fazer piada e rir um pouco da/com a mídia. O clube falou em nome dos autores da bagunça do mesmo modo que Iniesta ligou para Pedro León, capitão do Getafe, para se desculpar pelo fato dos jogadores do Barça terem saído fantasiados do vestiário após a vitória contra o time adversário. O técnico Luis Enrique (que aceita ser entrevistado apenas em entrevistas coletivas antes e após as partidas, por isso não existe outra chance fora da competição), no entanto, decidiu não dizer nada sobre a bagunça provocada pelos jogadores do Barça. "Próxima pergunta", disse algumas vezes com expressão contrariada, irritado com a mídia por perguntar algo que gerou grande polêmica.

Possível estreia de Vermaelen

Lesionado durante quase toda a temporada anterior devido a problemas musculares, que necessitaram de cirurgia, Thomas Vermaelen se preparou na pré-temporada para começar como um a mais. Cumpriu seu objetivo com um bom futebol, inclusive com um gol que serviu para vencer o Málaga. Acumulou 388 minutos em três jogos da Liga e o da Supercopa, além do jogo da semana passada contra o Villanovense. Mas machucou a perna esquerda novamente e voltou para o banco. "Foi decepcionante, mas agora me sinto muito bem e, embora entenda que não possa questionar o que acontece comigo, quando estou em campo não tenho medo de me machucar."

Se estivesse em campo, na quarta-feira estrearia na Champions com a camisa do Barça —já o fez, claro, no Arsenal e no Ajax— e é um desafio que alimenta. "Se eu jogar, vai ser um momento muito especial. Espero, claro que sim", disse o zagueiro que, no entanto, está ciente do overbooking para sua posição com Bartra, Piqué, Mascherano e Mathieu. "Há muitos jogadores, sim, mas há também muitas partidas e precisamos de toda a equipe."

Sem emitir opinião, não quis comentar sobre a atitude de seus colegas em Getafe, com as fantasias de Halloween, algo que não tinha conhecimento quando estava no Coliseum Alfonso Pérez. "Lamentamos muito o que aconteceu no sábado. Não queríamos ofender as pessoas do Getafe. O clube fez uma declaração e conversamos com o Getafe. Espero que possamos encerrar por aqui."

"Houve um comunicado dos jogadores e ficou claro", respondeu à primeira pergunta; "estamos no melhor lugar para que qualquer coisa positiva se torne negativa... por isso não vamos entrar nisso e nos concentremos no que é importante. No sábado, ganhamos, todo o resto é parte do circo atual no qual nos movemos no mundo do futebol, está tudo claro na nota". Em sua época, essa brincadeira de Halloween seria permitida?, perguntou um jornalista. "Em minha época não havia Halloween, era carnaval”, respondeu com ironia. E soltou uma frase de efeito, talvez um pouco infeliz: "Como seria bom se algum de vocês pudesse se disfarçar (a torcida contra)". Contrariado, quis escapar do assunto por duas vezes dizendo "próxima pergunta". E alertou outro jornalista: "Se vai perguntar sobre isso, não pegue o microfone".

Luis Enrique queria focar a conferência de imprensa no jogo contra o BATE (quarta-feira, dia 4, às 17h45), pela Champions League. "Se vencermos, vamos para a próxima fase e é algo muito positivo, que indica o que temos feito até agora. Temos de fazer um jogo completo e melhorar os aspectos do jogo para conseguir a vitória, que é o objetivo." E acrescentou: "Depois, tem o fato de ser o primeiro do grupo para enviar a mensagem de que estamos preparados". Embora esteja encaminhado, o começo da temporada não tem sido fácil para o Barcelona, marcado por lesões de jogadores. "Não é uma preocupação. Mas, no ano passado, pude fazer o que queria em termos de quantidade de minutos e os jogadores mostraram que chegaram ao final em condições mais do que ideais", refletiu; "e este ano sou forçado a ter de sobrecarregar mais jogadores. Faltam meses, vamos recuperar os jogadores e ver como podemos fazer, porque não vamos disputar os títulos nos últimos meses."

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