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México revive a febre da Fórmula 1 após 23 anos

Retorno do campeonato ao país tem ingressos a 13.500 dólares nas mãos dos cambistas.

Sonia Corona
O autódromo Hermanos Rodríguez depois das reformas.
O autódromo Hermanos Rodríguez depois das reformas.Gran Premio de México

Os melhores ingressos para o Grande Prêmio do México de Fórmula 1 estão ao alcance de qualquer um... que aceitar pagar 13.500 dólares. A euforia com o regresso da F-1 à Cidade do México após 23 anos de ausência fez disparar a atividade dos cambistas e também elevou as expectativas sobre os investimentos feitos para esse GP, que será realizado no próximo fim de semana no autódromo Hermanos Rodríguez.

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Na Internet, é possível encontrar entradas por até sete vezes o valor original. Apesar de as vendas dos ingressos para as três datas terem sido escalonadas, os fãs da Fórmula 1 levaram poucos minutos para esgotar os bilhetes que permitem uma melhor vista para o circuito. Os preços originais variavam de 96 a 1.200 dólares (374 a 4.673 reais) no site oficial da Fórmula 1, ao passo que nos sites de cambistas os ingressos mais baratos saem por 790 dólares (3.076 reais).

No México, é comum a revenda de ingressos para espetáculos e eventos esportivos, e geralmente ela ocorre perto dos locais dos eventos, numa transação distante da legalidade. Por seu custo, os bilhetes da Fórmula 1 foram oferecidos na Internet, inclusive com a possibilidade de pagar a prazo. As entradas mais caras – que dão acesso a uma sala VIP e ao paddock – giram em torno de 13.500 dólares (52.576 reais).

Investimento a médio prazo

A poucas horas do início dos primeiros treinos, os arredores do circuito, na zona leste da capital mexicana, ainda recebia uma maquiagem que contrasta com os bairros populares que o cercam. O Governo da Cidade do México asfaltou as ruas vizinhas ao autódromo e reformou as estações de metrô mais próximas.

Há mais de um ano o Governo mexicano anunciou que investiria 360 milhões de dólares (1,4 bilhão de reais) ao longo de cinco anos, em parceria com empresários, para trazer a corrida de volta ao país. No começo de 2015, como parte de um ambicioso projeto maior, teve início a remodelação do circuito a cargo do escritório de engenharia do alemão Herman Tilke – criador das pistas da Malásia, Abu Dhabi e Austin.

Tilke trabalhou para reduzir os riscos em algumas curvas da pista e para ampliar a capacidade do autódromo. “Há um grande estádio de shows, e vamos levar os carros através do estádio. É para os espectadores, e lá haverá ação”, afirmou.

Em conjunto com a Corporação Interamericana de Entretenimento (CIE), o México conseguiu fechar um acordo com Bernie Ecclestone, chefe comercial da Fórmula 1, para organizar as próximas cinco edições do Grande Prêmio do México. O Governo mexicano estima que até 2020 a competição deverá atrair um faturamento acumulado de dois bilhões de dólares (7,8 bilhões de reais) e gerar 18.000 empregos diretos e indiretos. Um cálculo otimista, que só poderá ser mensurado em médio prazo.

Estima-se que durante o fim de semana 550 milhões de pessoas no mundo todo acompanharão os treinos e a corrida pela televisão. É uma grande propaganda para o setor turístico, em que o México ocupa o 10º lugar mundial. As autoridades preveem que 6 em cada 10 quartos de hotéis na capital mexicana estarão ocupados nos próximos dias por fãs da Fórmula 1. A Cidade do México, a maior e mais povoada do país, conta com uma infraestrutura suficiente para acolher os visitantes. Os carros que correrão no Hermanos Rodríguez após 23 anos de ausência aterrissaram no México na noite da terça-feira. O cenário já está montado.

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