_
_
_
_
_

Chile e Brasil se enfrentam pelas eliminatórias da Copa de 2018

Após conquista da Copa América, a ‘Roja’ confia numa vitória na estreia das eliminatórias

Rocío Montes
Seleção brasileira faz treino em Santiago do Chile.
Seleção brasileira faz treino em Santiago do Chile. EFE (MARIO RUIZ)

Três meses depois de conquistar sua primeira Copa América, a seleção chilena se sente fortalecida para enfrentar o Brasil na primeira rodada das eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018, na Rússia. O confronto no Estádio Nacional, a partir das 20h30 desta quinta-feira, ainda não tem a participação confirmada dos dois principais astros da Roja, o atacante Alexis Sánchez, do Arsenal, e o volante Arturo Vidal, do Bayern de Munique, com dores na virilha e no joelho direito, respectivamente. Mas, apesar das estatísticas jogarem contra a sua seleção, o Chile acredita no futebol e no seu time, alvo de uma confiança que a opinião pública chilena já não dedica nem às instituições políticas nem à Igreja, ambas salpicadas por tramas sombrias neste ano.

Os programas de televisão refletem o ânimo com que o Chile espera essa partida. Durante a manhã, os apresentadores apareciam com a camisa vermelha da seleção, e várias reportagens abordavam o confronto desta noite. Os chilenos se apressarão em chegar logo às suas casas para assistir ao jogo, provavelmente fazendo churrasco com parentes e amigos, como de hábito, porque desta vez não parece absurdo imaginar uma vitória no primeiro passo do caminho rumo à Rússia. Ninguém parece lembrar que, dos 10 confrontos em eliminatórias desde 1954, o Brasil venceu sete e empatou dois, com apenas uma vitória para os chilenos. A Roja tem fé em si mesma, e as palavras do técnico Dunga ao chegar a Santiago no domingo – mesmo que sejam apenas uma tática para pressionar os mandantes – são lidas como uma realidade: “O favorito para esta partida é o Chile”.

Mais informações
Chile conquista a América
A bola não se mancha
Com Neymar apenas no segundo tempo, Brasil goleia EUA por 4x1

Apesar de ser primavera, o dia na capital chilena é típico de inverno, com frio e céu nublado. Mas, nas redes sociais, os próprios jogadores se encarregaram de esquentar a torcida. “Nada será fácil, será um caminho repleto de obstáculos. Mas com certeza chegaremos à #Rússia2018”, escreveu na quarta-feira no Instagram o goleiro Claudio Bravo, da seleção e do Barcelona, publicando também uma foto de parte do elenco fazendo uma refeição. Gary Medel, da Inter de Milão, um dos jogadores mais queridos pela torcida chilena, também apareceu nas redes sociais. “Prontos e preparados para começarmos um novo desafio. #RumoàRússia2018”, escreveu o Pitbull no Twitter, junto com uma foto em que aparece na companhia de Bravo e Vidal.

O novo desafio da Roja é novamente vivido como uma saga, tanto por parte dos jogadores quanto dos torcedores. Esta geração de atletas com ímpeto e sentido coletivo, quase todos nascidos em subúrbios pobres e destinados a reproduzir a pobreza, é um símbolo de uma nova etapa: o Chile entra em campo sem medo e se sentindo grande, inclusive contra a potência futebolística que é o Brasil.

Mais informações

Arquivado Em

Recomendaciones EL PAÍS
Recomendaciones EL PAÍS
_
_