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Amanda Marfree, 30, nasceu no Rio de Janeiro. Aos 16, começou a se prostituir para se sustentar. "A cafetina vira a sua mãe. A sua mãe biológica não vira pra você e fala 'minha filha, vem cá que eu vou te por peito [de silicone]'. Mas a cafetina cuida de você nesse sentido", diz. Em 2005, foi para a Itália para se prostituir, mas foi deportada dois anos depois para São Paulo. "Eu era louca para voltar para a Itália, porque no Brasil não tinha políticas voltadas para mim. Lá também não tinha, mas a cultura era diferente. Entrei em depressão e engordei muito. É uma vida muito marginalizada", diz. "Os gays sofrem preconceito, mas travesti sofre mais ainda". Hoje é assistida pelo programa Transcidadania, da Prefeitura de São Paulo. É candidata ao Conselho Tutelar da cidade e, se eleita, será a primeira transexual no posto. "Acho que uma pessoa como eu, que foi excluída da sociedade, pode ajudar pessoas que passam pela mesma situação".
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As Luizas, Renatas, Vivianys e Amandas

As histórias de transexuais e travestis que trilharam os mais diversos caminhos e olham de cabeça erguida para a vida

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