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Ana Botín vai assessorar o primeiro-ministro britânico David Cameron

A presidenta do Santander é a única conselheira vinda de uma empresa estrangeira

Pablo Guimón
Ana Botim, presidenta do Santander.
Ana Botim, presidenta do Santander.EFE

O Governo britânico escolheu Ana Botín, presidenta do Santander, para fazer parte do chamado Business Advisory Group, o órgão de assessores empresariais de David Cameron. A empresária espanhola é a única representante de uma firma não britânica entre os 19 executivos que se reúnem trimestralmente com o premiê e alguns de seus ministros para discutir a situação econômica do Reino Unido. Trata-se, segundo o Governo britânico, de “um grupo pequeno de líderes empresariais de setores de importância estratégica para o Reino Unido que presta assessoria regular de alto nível ao primeiro-ministro”.

A relação da banqueira com o Governo de Cameron remonta à época, entre 2010 e 2014, em que Botín foi executiva-chefe da filial britânica do Grupo Santander e David Cameron, em seu primeiro mandato como primeiro-ministro, a nomeou uma das representantes da comunidade financeira britânica no exterior. Agora Botín fará parte do Business Advisory Group ao lado de empresários como Bob Dudley, executivo-chefe da BP; Carolyn McCalla, da linha aérea EasyJet, e Warren East, da Rolls-Royce. Seis dos 19 membros do conselho são mulheres.

De acordo com o Executivo britânico, as reuniões têm um caráter informal para ajudar as conversas a serem mais produtivas e francas. Os membros não podem delegar sua presença nas reuniões a outros (se eles faltam, seu lugar fica vazio) e podem pedir a inclusão de algum ponto concreto na pauta de cada reunião.

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Nascida em Santander em 1960, Ana Botín foi nomeada presidente pelo conselho de administração do Banco Santander após a morte de seu pai, Emilio Botín, em setembro do ano passado. Sua trajetória no banco, de cujo conselho de direção faz parte desde 1989, é longa. Ela foi nomeada membro do conselho pela primeira vez em 4 de fevereiro de 1989. Desde 1992, foi diretora geral e depois executiva-chefe da filial do Santander no Reino Unido. Nos anos 1980 trabalhou nos Estados Unidos, no banco JP Morgan. E foi presidente executiva do Banesto entre 2002 e 2010, antes de ir para Londres.

Presente em 15 países, o Santander é o maior banco da zona do euro. A divisão britânica é a maior do grupo em termos de lucros.

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