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Indonésia rejeita clemência a paranaense condenado à morte

Mãe de brasileiro vai pedir ao papa Francisco que intervenha na execução do filho Rodrigo Gularte foi preso em 2004 quando chegou a Jacarta com 6 quilos de cocaína

A Indonésia rejeitou novo pedido de clemência feito pelo Governo do Brasil para evitar o fuzilamento do paranaense Rodrigo Muxfeldt Gularte, de 43 anos, condenado à morte por tráfico de drogas. Segundo o Itamaraty, a negativa foi recebida nesta terça-feira e ainda não há informações sobre a data de execução do brasileiro. Rodrigo foi preso em 2004 quando desembarcou no aeroporto de Jacarta com 6 quilos de cocaína escondidos dentro de pranchas de surfe.

De acordo com o Estado de S.Paulo, a mãe de Rodrigo vai pedir ao papa Francisco que intervenha para o que o filho não seja fuzilado. A informação sobre o apelo foi dada pelo advogado e amigo da família, Clerson Marinho Teixeira, presidente do Instituto Não Violência. De acordo com ele, Clarisse Muxfeldt Gularte ficou chocada quando soube da execução do carioca Marco Archer Cardoso Moreira, fuzilado no fim de semana também por tráfico de drogas.

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As Nações Unidas também apelaram, nesta terça-feira, para que o país asiático suspenda as execuções de pessoas condenadas por tráfico e faça uma "revisão completa" de todos os pedidos de clemência na direção da comutação das penas.

Problemas mentais

Apesar da notícias de rejeição do pedido de clemência, a defesa do brasileiro ainda acredita que o presidente da Indonésia, Joko Widodo , possa reconsiderar a decisão por razões médicas. O advogado Utomo Karim, que representa Gularte, irá alegar que ele sofre de esquizofrenia para tentar barrar a execução.

Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o advogado Karim afirmou que a legislação local não permite que doentes mentais sejam executados. No entanto, de acordo com a ONG Death Penalty Worldwide (que monitora os países que adotam a pena de morte), não existe legislação que impeça a execução caso o indivíduo tenha desenvolvido problemas mentais após a condenação, o que aparentemente é o que ocorreu com Rodrigo.

Segundo Teixeira, advogado e amigo da família, em 2014 foi elaborado um laudo médico que atesta a doença de Rodrigo. "A mãe dele o visitou ano passado e percebeu que ele estava diferente, não era a mesma pessoa. Ele estava com 15 quilos a menos e com o comportamento estranho. Aí a família pediu para que a Embaixada do Brasil providenciasse um exame psicológico feito por médicos locais, e o resultado foi o diagnóstico de esquizofrenia", afirmou.

Uma prima de Rodrigo viajou no último fim de semana para Cilacap (a 400 km de Jacarta) para tentar interná-lo em uma unidade prisional especial para doentes mentais.

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