Prêmio Nobel de Química para os criadores do nanoscópio
Os norte-americanos Eric Betzig e William E. Moerner e o alemão Stefan Hell são os premiados
Os pesquisadores Eric Betzig, do Instituto Médico Howard Hughes, e William E. Moerner, da Universidade de Stanford, ambos nos Estados Unidos, e Stefan Hell, do Instituto Max Planck, na Alemanha, receberam nesta quarta-feira o prêmio Nobel de Química “pelo desenvolvimento da microscopia de fluorescência de alta resolução”, ou seja, pelo trabalho desenvolvido para transformar o microscópio óptico em um nanoscópio e poder estudar com grande precisão objetos que antes eram inalcançáveis.
Durante muito tempo se acreditou que os microscópios ópticos nunca poderiam chegar a uma resolução superior à metade do comprimento de onda da luz. Esses 0,2 micrômetros eram a fronteira a partir da qual os cientistas não podiam interferir na vida íntima das células e seus processos. Utilizando moléculas fluorescentes, os premiados com o Nobel nesta quarta-feira conseguiram superar essa limitação física e alcançar o nanomundo.
Graças às descobertas de Betzig, Moerner e Hell, cientistas podem hoje seguir os fenômenos que ocorrem no interior da célula a nível molecular: como essas moléculas conectam os neurônios criando sinapses ou a maneira pela qual as proteínas se acumulam para provocar doenças como o Mal de Parkinson e o Alzheimer.
O comitê do Nobel premiou os dois trabalhos que tornaram a nanoscopia possível. O primeiro foi descoberto por Hell, alemão nascido na Romênia, e requer a utilização de dois raios laser. Um estimula moléculas fluorescentes para fazê-las brilhar e o outro cancela todo o brilho produzido menos o que se encontra em um volume nanométrico. Assim, é possível obter uma resolução que ultrapassa o limite dos 0,2 micrômetros dos microscópios ópticos.
O segundo método, a microscopia de molécula individual, foi desenvolvido pelos norte-americanos Betzig e Moerner separadamente. O método se baseia na capacidade para acender e apagar a fluorescência de moléculas individuais. Com essa técnica, os pesquisadores fotografavam a mesma área várias vezes deixando que cada vez brilhassem apenas poucas moléculas. Depois, sobrepunham as diferentes imagens obtidas conseguindo uma resolução que alcançava o nível dos nanômetros.
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