O Twitter perde 324 milhões de reais apesar de duplicar suas receitas
A rede social ganha 232 milhões no trimestre, mas não consegue rentabilizar seu negócio
O Twitter acaba de apresentar os resultados do segundo trimestre do ano, com perdas na ordem de 145 milhões de dólares (324 milhões de reais), em comparação com os números em vermelho de 42 milhões de dólares (69 milhões de reais) do ano passado. A rede social dos 140 caracteres continua longe de ser rentável, mas surpreendeu ao conseguir dobrar suas receitas, chegando aos 312 milhões de dólares (703 milhões de reais), cerca de 124% a mais que um ano atrás.
A evolução das receitas foi melhor do que a estimativa dos analistas. A melhoria aconteceu graças ao celular, seu melhor aliado para o crescimento das receitas publicitárias, assim como aconteceu com o Facebook há apenas uma semana. Os usuários ativos mensais cresceram ao redor de 24%, passando de 255 para 271 milhões. Deles, 77% se conectam com smartphones, mas representam 81% das receitas publicitárias. De cada 1.000 visitas na timeline, sua primeira página, a receita é de 1,60 dólares. No total, as receitas publicitárias cresceram 129%. Cerca de 33% do total, 102 milhões de dólares, vieram de fora dos EUA.
O objetivo da empresa é conseguir que mais pessoas se registrem e criem perfis. “Há milhões de usuários que entram como visitantes, sem criar um usuário. Isto triplica a base de usuários. Estamos entre os 10 sites mais visitados do mundo. Vamos nos esforçar para continuar sendo o melhor site para saber o que está acontecendo em tempo real. Queremos chegar a todo o planeta”, explicou o diretor executivo Dick Costolo. Sua intenção é melhorar esta experiência e também convidar as pessoas que apenas visitam o site para que se registrem e assumam um papel mais ativo no serviço. A Espanha e a África do Sul foram dois dos países nos quais as receitas mais cresceram.
O otimismo, que veio depois destes resultados, fez com que as ações do passarinho azul ficassem 40% acima do preço inicial, chegando a 38,59 dólares, mas quase 50% abaixo do máximo alcançado em dezembro do ano passado. As agências de investimentos dão pareceres díspares. Ao redor de 38% recomendam comprar, 53% manter e apenas 9%, vender. Nas últimas semanas, o Twitter viu vários diretores abandonando a empresa. Entre eles, o segundo no comando e responsável financeiro, por diferenças com Costolo.
O diretor preferiu não falar de limites de crescimento: “Não sabemos, mas vamos testar novidades. Não podemos dar mais contexto, nem revelar nada, mas a inovação vai contribuir para melhorar a experiência do usuário.” Quis acalmar os que pedem que a empresa seja rentável o mais rápido possível: “Estamos focados 100% na experiência do usuário, não em convertê-lo em dinheiro. Isso será a longo prazo, mas primeiro devemos ser uma ferramenta útil, sermos capazes de fazer o conteúdo criado pelos usuários brilhar.”
Em resposta à eterna pergunta se são um meio ou uma empresa de tecnologia, respondeu de maneira ambígua: “Queremos ser úteis, como na Copa do Mundo. Nisso somos únicos. Fazemos com que a experiência dos meios e do que acontece em tempo real seja ainda melhor.”
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